Especialista do CEJAM explica que as diferentes tonalidades podem revelar quadros como infecções, diabetes, síndromes e até tumor
Você já se perguntou, ao utilizar o banheiro, se estava tudo bem ao notar uma cor diferente na urina? Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, além de eliminar toxinas do corpo, a urina também pode fornecer informações valiosas sobre a saúde e, por isso, requer atenção.
“Alterações na cor da urina podem indicar condições como infecções urinárias, diabetes descompensada, lúpus e síndromes nefróticas”, afirma a Dra. Alessandra Bonilha Gonçalves, médica nefrologista da Santa Casa de São Roque, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a prefeitura do município.
Normalmente, quanto mais clara a cor da urina, melhor. Se ela apresentar tons mais escuros, pode indicar desidratação, o que deve servir como alerta para aumentar a ingestão diária de água.
Além da cor amarela, que estamos acostumados, existem outras características que podem ser úteis para diagnósticos mais críticos. A médica explica como as diferentes cores da urina podem transmitir algumas mensagens importantes:
- Cor avermelhada: essa coloração indica a presença de sangue na urina, o que pode ser um sinal de problemas no fígado, rim, próstata e infecção ou, em casos mais graves, a presença de tumor;
- Cor alaranjada: assim como a cor amarelada, pode indicar falta de água;
- Cor amarronzada: pode indicar desidratação severa, insuficiência renal aguda ou problemas no fígado;
- Cor azulada ou esverdeada: pode apontar a presença de infecção bacteriana;
- Cor arroxeada: nesse caso, pode indicar altos níveis de cálcio no sangue ou infecção;
- Cor turva ou com sedimentos: pode ser um indício da presença de bilirrubina, substância produzida no fígado. A urina também pode ficar turva ou com alteração de cor devido à presença de infecção ou bactérias.
A profissional ressalta ainda que muitos medicamentos e alimentos podem alterar a coloração da urina, destacando, assim, a importância de buscar sempre o apoio especializado em caso de dúvidas. Nessas situações, as mudanças na cor geralmente são temporárias. Somados às cores, outros aspectos também podem relatar enfermidades. Um exemplo é a presença de espuma.
“Geralmente, a espuma pode aparecer devido à alimentação, mas desaparece logo, na maioria dos casos. No entanto, se a espuma persistir após urinar, isso pode indicar a presença de proteínas, sugerindo lesões renais”, afirma Dra. Alessandra. “Doenças como diabetes tipo 1 ou tipo 2 também podem causar espuma na urina, pois afetam o funcionamento dos rins. Essa característica também pode indicar nefrites, que são inflamações nos rins”, complementa.
De qualquer forma, para evitar complicações, é essencial manter-se hidratado(a) com água. A recomendação é o consumo de 2 litros diários, mas, para pessoas com 50 anos ou mais, ou que tenham doenças como insuficiência cardíaca ou renal, é imprescindível seguir a orientação médica ou de um nutricionista quanto a quantidade diária de ingestão.
Sobre o CEJAM
O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.
Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.
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