Especialista em orientação financeira explica como um bom planejamento pode ajudar no combate a síndrome
São Paulo, agosto de 2023 — O burnout ou esgotamento relacionado a situações de trabalho atinge mais de oito entre dez brasileiros, de acordo com pesquisa de setembro de 2022 realizada pelo 121 Labs, empresa que atua como um laboratório de inovação em experiência do consumidor e que promove pesquisas sobre o cenário econômico e social do país.
Muito se discute causas que levam ao esgotamento, até porque nem tudo pode ser classificado como burnout, mas uma das causas da síndrome é a falta de dinheiro que, aliada ao estresse causado pelo excesso de ligações em vídeo e a alta carga de trabalho, acabam por completar o cenário. Sabendo disso, André Barreto, especialista em finanças e CEO da plataforma de orientação financeira n2, listou sete dicas para ajudar em um planejamento financeiro eficaz para minimizar as chances de contribuir para as estatísticas sobre. Confira:
1 – Crie um orçamento detalhado
Parece básico, mas sem saber onde o dinheiro é gasto, não tem como realizar um planejamento eficiente. Um planejamento ajuda a dar mais previsibilidade, e por consequência, a diminuir a incerteza e estresse. Ele serve como um plano de voo para orientar que caminho financeiro seguir.
“É importante registrar tudo o que entra e sai (as suas receitas e despesas) todos os meses para entender para onde o dinheiro está indo. Isso ajudará a identificar desperdícios, potenciais oportunidades para poder economizar o mais importante: ajuda entender qual é a verdadeira capacidade financeira. Esse é, sem dúvida, o primeiro passo”, explica Barreto.
2- Estabeleça metas financeiras
Estabelecer metas para o dinheiro é fundamental. Um objetivo traçado pode ajudar a mensurar o esforço necessário para torná-lo uma realidade.
“Aqui eu passo duas dicas em uma. A primeira é: defina objetivos financeiros claros e realistas, como eliminar dívidas ou investir. Ter metas claras motiva a manter um foco financeiro e evitar gastos desnecessários que estejam desviando o plano financeiro”, afirma Barretto. “Já a segunda é para as pessoas que ainda não encontraram um objetivo financeiro. Para elas, a dica é: guarde um para os imprevistos. Eles sempre vão aparecer. dinheiro como um fundo de emergência. O ideal é sempre ter uma quantia suficiente para cobrir despesas essenciais por pelo menos três meses. Isso proporciona segurança financeira em caso de alguma eventualidade, como perda de emprego ou despesas médicas inesperadas”, ressalta o especialista.
3 – Corte gastos supérfluos
Quem tem problemas financeiros precisa cortar gastos supérfluos, como roupas e serviços de streaming, por exemplo. Isso não precisa ser feito para sempre, mas até conseguir estar minimamente organizado, essa é uma das melhores formas de se planejar.
“Por muitas vezes quando colocamos no papel (ou em uma planilha) as despesas mensais percebemos uma conta esquecida daquele serviço que nem utilizamos mais. Por isso, é necessário identificar despesas que não são essenciais e que podem ser reduzidas ou eliminadas. Evitar gastos impulsivos e comparar preços antes de comprar também ajudam”, detalha Barretto.
4 – Aprenda a negociar e pesquisar
Negociar o preço na hora da compra é a melhor forma de gastar com mais responsabilidade e não cair em armadilhas.
“Para qualquer conta a negociação é válida, seja para serviços públicos, seguros ou até mesmo preços em compras maiores. Aprender a negociar e pesquisar pode economizar uma quantia significativa ao longo do tempo”, conta o especialista.
5 – Se interesse pela sua vida financeira
Para não voltar a acumular dívidas ou outros problemas em relação ao dinheiro, manter-se informado é imprescindível.
“Eu costumo sempre dizer que conhecimento é poder. Então é bom estar sempre em busca de informações sobre tudo que possa tornar a relação com o dinheiro muito mais saudável e menos estressante. Existem diversos livros, cursos, palestras, etc, quanto mais informado estiver, melhor ficam as as decisões financeiras”, explica o especialista.
6 – Cuide da saúde mental
Não adianta seguir todos os passos relacionados ao planejamento financeiro, na prática, e deixar a saúde mental para depois.
“O estresse financeiro pode afetar a saúde mental e levar ao burnout. Procure maneiras de reduzir o estresse, como meditação, exercícios físicos e atividades que proporcionem relaxamento e bem-estar. Tudo tem um momento certo e relaxar a mente dos assuntos financeiros ajuda a dar um descanso ao cérebro”, diz Barretto.
7 – Busque ajuda profissional, sempre
Não é vergonha pedir ajuda em qualquer que seja a área e para qualquer que seja o problema.
“Se estiver enfrentando dificuldades financeiras significativas, ou se sente sobrecarregado, não hesite em buscar ajuda de um profissional, como um consultor financeiro ou terapeuta especializado em questões financeiras. É como eu sempre costumo falar: vida financeira em ordem é sinônimo de uma vida mais estável e tranquila”, diverte-se o especialista.
É válido lembrar que o planejamento financeiro é um processo contínuo. Então, é sempre necessário rever e revisar as metas, além de fazer ajustes quando necessário. Cuidar bem das finanças é um passo importante para evitar o estresse relacionado à falta de dinheiro e construir uma base sólida para um futuro mais tranquilo e estável.
Sobre a n2
A n2 é uma plataforma de Impacto Social que entrega o acesso à Orientação Financeira humana, personalizada e recorrente a colaboradores de empresas, empreendedores e pessoas em vulnerabilidade social, de acordo com a sua dor financeira imediata, seja ela sobre planejamento orçamentário ou investimentos. O modelo é B2B atendendo empresas e programas sociais com uma solução customizável e escalável. Mais informações em n2app.com.br.