Especialista ressalta a importância do acolhimento e da atenção redobrada diante dos diagnósticos
No mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, é fundamental reconhecer o impacto emocional e psicológico profundo que o diagnóstico pode gerar. Receber essa notícia pode desencadear uma série de emoções, como desespero, medo da morte, tristeza, dor, angústia, revolta, insegurança, incertezas, sentimento de impotência, ansiedade e preocupações relacionadas ao tratamento. Essa nova realidade pode aumentar o temor da solidão e exigir um esforço contínuo para enfrentar os desafios impostos pela doença.
Segundo a especialista Elaine de Tomy, psicanalista e vice-presidente do Instituto Revoar, a diversidade de emoções despertadas pode levar a um período delicado que deve ser tratado com seriedade. “A mulher afetada enfrenta incertezas e suas implicações, o que pode impactar sua autoestima e rotina diária,” afirma. Uma análise de 22 artigos das bases LILACS, SciELO e PubMed revelou que os sintomas depressivos eram comuns entre mulheres em tratamento quimioterápico e radioterápico, variando de 51,5% a 95%. A prevalência de depressão maior variou de 1,78% a 12,40%.
De Tomy enfatiza a importância de integrar o tratamento psicológico ao diagnóstico médico, destacando a necessidade de diálogo diário e apoio de entes queridos. “Nesse momento, o auxílio deve ser constante, enfatizando que a mulher não está sozinha e que é possível superar essa fase,” conclui.
Sobre o Instituto Revoar
O Instituto Revoar, braço social da Rede Memorial Fortaleza. Revoar vem do significado tornar a voar, voltar voando, que é associado a leveza e descoberta, e simbolicamente, ajuda as pessoas a se renovarem e se reconectar com o mundo novamente. Ao longo dos seus seis anos de atuação, já impactou cerca de 5.000 pessoas em Fortaleza e no país.