Carla Prata escolhe look que traz conscientização e reutilização de peças em ensaio técnico

A apresentadora e Rainha de Bateria da Acadêmicos do Tucuruvi desfilou no Sambódromo do Anhembi com costeiro feito com capim barba de bode e acessório de gravetos de árvores, pintados e texturizados

A menos de quinze dias para o início do carnaval, a apresentadora Carla Prata pisou na avenida e mesmo em meio a chuva que caía na capital paulistana, mostrou muito samba no pé no ensaio técnico da Acadêmicos do Tucuruvi,  onde é Rainha de Bateria, ocorrido na noite deste domingo, dia 21 de janeiro de 2024.

Um pouco antes do desfile, a beldade de olhos azuis se emocionou ao falar em uma entrevista sobre como é reinar à frente da bateria: “é indescritível, porque eu amo estar aqui. Eu amo de coração. É a coisa que eu mais amo fazer na vida”.

Recentemente, a apresentadora foi pedida em casamento durante uma viagem de cruzeiro pelo Mister e empresário do mercado financeiro Luiz Gustavo Mustafe Peres, quem esteve ao lado da beldade durante cada instante  e acompanhou tudo de perto com olhar apaixonado, cuidando de sua amada durante todo o desfile. 

Para o primeiro ensaio técnico do ano, Carla Prata escolheu um look feito pelo estilista Luca Leme que remete à conscientização sobre a natureza e reutilização de peças nos desfiles de escola de samba, utilizando um triquini de couro sintético, com franjas em couro artificial, todo trabalhado em cristais dourados e fruta cor, deixando a peça extremamente exuberante e glamourosa. 

Na cabeça, a Rainha utilizou acessório feito com gravetos de árvores e para o costeiro, optou por reutilizar peça esplendorosa de carnaval passado com capim  barba de bode, pintado e texturizado, demonstrando que é possível utilizar fantasias incríveis sem agredir a natureza e incentivando o não descarte de peças.  Make e cabelo foram feitos pelo maquiador das celebridades Renato Mendes.

Preocupada com essa questão, Carla já adiantou que a fantasia que desfilará no Carnaval 2024 será com penas artificiais. “Antigamente era muito difícil comprar penas artificiais. Graças a Deus  esse ano eu consegui. E fica tão bonito quanto para quem olha. Para quem assiste vai fazer o mesmo efeito. Tudo no carnaval é muito reciclável. Eu mesmo uso uma roupa, depois corto ou pinto de outra cor. Tudo a gente vai reaproveitando. Quanto não fico para mim, doo para o ateliê que fez para fazer outras coisas ou para arrecadar dinheiro para ajudar outras pessoas”.

Ainda sobre esta questão, a Rainha fala com orgulho sobre sua escola: “O Tucuruvi vem se renovando cada vez mais, pensando em questões sociais e ambientais. Neste ano, a gente tem carro utilizando colchões descartados, rolo de papelão, garrafa de plástico. Com criatividade, dá pra fazer o carnaval”.

A apresentadora do Pod Trash,  que é um podcast exibido no Youtube sobre desafios dos relacionamentos atuais e histórias “trashs” vivenciadas pelos convidados, desfilará em 2024 pelo segundo ano consecutivo como Rainha de Bateria do Zaca, onde reina sozinha à frente dos 260 ritmistas da ‘Bateria do Zaca’, comandada pelo Mestre Serginho.

No carnaval de 2024, o Acadêmicos do Tucuruvi será a última escola a desfilar no sábado, 10 de fevereiro, sendo a segunda noite dos desfiles do grupo especial paulistano, onde a escola levará para o Sambódromo do Anhembi o enredo “IFÁ”, o qual está sendo desenvolvido pelos carnavalescos Yago Duarte e Dione Leite.

Samba-enredo “IFÁ” Composição: Macaco Branco / Carlos Bebeto / Djalma Santos / Chiquinho Gomes / Dr. Marcello Medeiros / Denis Moraes

Olori, Alagbara, Olodunmaré
Axé Orunmilá
A ponta da lança Igbá de Ifá
Tucuruvi, Laroiê, Mojubá

Epá, Ojú, Olorun
Ifá Ó, Exu Ago
Labareda de Ifé, A Força Igbadú
Ilumina meu caminho
E fundamentos de Odu
Poesia de Irofá soprou além-mar
Tem dendê nos mistérios de Orun

Irukerê, Irukerê
Simboliza a realeza, aos olhos de Opelê
Irukerê, Irukerê
Ilê Brasil, aiê, aiê

Ori canta o Filá, salve meu Babalawô
Terra, Fogo, Água e Ar, Obará

Nos olhos de Opón Ifá vejo o fim da minha dor
E na gira das Yás, Odara

Respeitem minha ancestralidade
Tolere a diferença na raiz
Meu samba luta pela igualdade
No ilê da Cantareira sou Feliz
Negra cultura, nossa essência
Na filosofia, na religião
Herança de Ifá é resistência
Me abraça, somos irmãos!

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