Cidade Portátil realiza com MAUC e Festival Alberto Nepomuceno ação-convite de sensibilização para uso e zelo de acervos públicos

Proposta da série criada pela jornalista Izabel Gurgel acontece em janeiro no formato digital, com apoio da Lei Aldir Blanc. Para todas as idades e grátis 

SAIBA MAIS 

Izabel Gurgel (85) 98565.1002 – criou e faz a curadoria da série Cidade Portátil

IMPRENSA

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Pensar o direito à cidade, compreendendo a cidade como um bem público, como patrimônio de todos, em consonância com o direito à memória e ao conhecimento. É uma proposta educativa, dirigida a públicos multigeracionais, pensando a inclusão por meio de atividades e produtos que possam ser compartilhados por pessoas de diferentes níveis de escolaridade e inserção social. 

Um convite para acessar os acervos, para ocupar a cidade, para viver coletivamente a cidade, afirmando a cidade como uma elaboração contínua, permanente e social. 

Realiza-se por meio do ciclo de cinco encontros virtuais e por meio de uma série de peças de comunicação que são um convite à fruição dos acervos públicos: seis vídeos; uma edição de informes educativos para redes sociais; um mapa digitalizado da obra pública do artista Sérvulo Esmeraldo em Fortaleza, com ênfase nas obras localizadas no Centro e na Praia, da Praia de Iracema ao Mucuripe; uma publicação digital sobre os altares da rua Barão de Aratanha para a passagem da procissão de N. Sra. de Fátima, com calendário de festas religiosas da cidade. 

É a série Cidade Portátil condensada para o formato virtual e de livre acesso na web a partir de 22 de janeiro desse 2021. Todas as ações são de acesso gratuito e acontecem em rede com o Museu de Arte da UFC – MAUC e Festival Alberto Nepomuceno – FAN. Para o ciclo de encontros, inscrições no site do Museu de Arte da UFC (https://mauc.ufc.br/pt/ ) . 

Conhecer, partilhar: viver melhor a cidade

“Propomos uma experiência imersiva como um modo de melhor apreciar histórias da cidade e nos perguntar sobre como criamos espaços para viver juntos, como nos inventamos coletivamente, como podemos afirmar a vida em sua diversidade em nossas práticas”, diz a jornalista e professora Izabel Gurgel, criadora da série Cidade Portátil. A edição digital Cidade Portátil, agora em janeiro, tem apoio da Lei Aldir Blanc por meio da SecultFor, Secretaria da Cultura da Prefeitura de Fortaleza. 

Izabel se reconhece leitora: “lemos também um lugar, uma festa, um acontecimento”

Como uma leitora, Izabel observa, pesquisa e coleta registros, elaborando modos de partilhar acervos imateriais e materiais. Físicos ou imateriais, são acervos vividos, incorporados. “São experiências de cidade que levamos conosco, que fazem parte do que somos. É uma partilha da cidade que existe em cada habitante. A cidade à flor da pele”, diz Izabel. As partilhas são encontros em pequenos formatos (aulas, palestras, mediações) para fruição dos acervos pesquisados. 

Izabel trabalha com livros, com relatos orais que anota no percurso do trabalho, com narrativas em diferentes suportes. Como as narrativas fotográficas ou audiovisuais que encontra ou desenvolve ao longo da pesquisa. Desde fotos e vídeos domésticos, ou assinados por documentaristas e/ou ficcionistas profissionais, oriundas ou não de arquivos públicos. Utiliza mapas, desenhos, gráficos etc. 

Ela vive a cidade como uma leitora em estado de leitura. Escuta a cidade acionada pela memória de quem nela mora ou está de passagem. “Anoto, escrevo, fabulo. Leitura em ação: andar e observar é ler a cidade. E uma das graças do ato de ler é a partilha que daí pode ser feita”. É o que acontece nos encontros Cidade Portátil, iniciados em 2018 em Icó e Canoa Quebrada como parte da programação do Festival Alberto Nepomuceno – FAN. Já passou por Recife e, em Fortaleza, aconteceu em 2019 na biblioteca do CCBNB.  

Cinco acervos, cinco encontros virtuais com inscrições no site do Museu de Arte da UFC

O ciclo de encontros e as peças de comunicação tratam o direito à cidade inserido no cotidiano e toca questões relacionadas ao patrimônio artístico e cultural de Fortaleza, trazendo também uma experiência de Canoa Quebrada junto às mulheres labirinteiras, as mulheres que fazem a renda bordada de nome labirinto. Izabel Gurgel conduz o ciclo de cinco encontros em sala virtual, com inscrições abertas no site do Museu de Arte da UFC (https://mauc.ufc.br/pt/):   

1.      Rendas e rendeiras do Ceará: a partir do livro “Rendas de bilros – a coleção do Museu Arthur Ramos”, de Valdelice Carneiro Girão – 22/01/2021 (sexta-feira) – 15h às 17h;                                           

2.      Narrativas sobre um teatro, uma cidade: O Theatro José de Alencar e Fortaleza  – 25/01/2021 (segunda-feira) – 15h às 17h;      

3.      Fé em Festa: Altares efêmeros da rua Barão de Aratanha para a procissão de Nossa Senhora de Fátima – 27/01/2021 (quarta-feira) – 15h às 17h;                                                                                                                                      

4.      Sérvulo Esmeraldo a céu aberto: a obra pública do artista em Fortaleza (Centro e Praia) – 28/01/2021 (quinta-feira) – 15h às 17h;

5.      Rendeiras do Ceará: Canoa Quebrada a partir das mulheres que fazem a renda labirinto – 29/01/2021 (sexta-feira) – 15h às 17h.

Conteúdos também dão visibilidade ao trabalho feminino e à velhice e ao envelhecimento como potência de vida e criação; afirmam a produção de saberes e fazeres oriundos de comunidades tradicionais e povos originários, como é o caso da renda; afirmam a rua como espaço público por excelência, lugar de encontro e festa e não só lugar de passagem (a tradição dos altares da rua Barão de Aratanha); afirmam o direito à infância (todos os acervos podem ser apreciados pelas crianças). 

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