“Conheci o Ziraldo no início dos anos 1960, quando estava sonhando em ter um gibi, assim como ele.
Peguei um trem de Bauru para São Paulo e depois fui para o Rio de Janeiro, com alguns trabalhos embaixo do braço para a nossa tão importante conversa.
Na época, fiz algumas tiras do Pererê, pra ele. Mas o Ziraldo as perdeu e nunca mais as vimos.
A parceria não aconteceu naquele dia. Uma porta fechou e outra abriu. Mal sabia eu que, naquele dia, iria ganhar algo eterno: o meu grande irmão de produção de materiais para crianças. E, anos depois, nossos personagens se encontraram mais de uma vez.
Hoje, meu irmão partiu para uma outra viagem. Vai deixar saudade, personagens e histórias memoráveis. Viva, Ziraldo!”
Mauricio de Sousa