Museu da Fotografia Fortaleza (MFF) abre nova exposição de Longa Duração neste sábado (23/09)  

Com curadoria de Denise Mattar, “A máquina do tempo” apresenta cerca de 300 obras, entre fotos, vídeos, gravações, câmeras fotográficas e objetos para interação com o público

O Museu da Fotografia Fortaleza (MFF) inaugura neste sábado (23/09), a partir das 10h, “A Máquina do Tempo”, nova exposição de longa duração, com curadoria de Denise Mattar. A mostra conta com cerca de 300 obras, entre fotos antigas e contemporâneas da Coleção Paula e Silvio Frota, vídeos, gravações, câmeras fotográficas, objetos, e algumas propostas de interação com o público. 

A fotografia como mudança da visualidade humana e transformação da arte são os eixos que conduzem a curadoria da premiada Denise Mattar. “O acervo do Museu permite contar muitas histórias e apresentar diferentes conceitos. Optei por uma abordagem histórica, mas poderia seguir por outros caminhos, pois a coleção reúne um número impressionante de fotógrafos expressivos do Brasil e do exterior. Também me surpreendeu o trabalho educativo da instituição, certamente um dos melhores do país”, afirma. 

“A Máquina do Tempo” ocupará dois andares do MFF. No piso térreo, um conjunto de obras refaz os caminhos da fotografia como mudança na visualidade humana. A partir de uma breve cronologia, criada a partir da apresentação de câmeras fotográficas, o espaço ganhará núcleos que exploram a evolução dos registros.  “A paisagem”  reúne registros do Rio de Janeiro pelas lentes de Marc Ferrez, Antonio Ribeiro, Carlos Bippus, e dos estúdios Affonso, Braz, D’Kaiser, Lopes e Thiele, e imagens da coleção Fortaleza Antiga, retratando personalidades, praias, paisagens rurais e urbanas da capital cearense. Já o núcleo “Santos Dumont” relembra os feitos do patrono da aviação brasileira, por meio de fotografias, cartões postais e miniaturas do Demoiselle e 14-Bis. 

Também no térreo, os núcleos “Retratos” e “Irmãos Vargas”, remontam os primeiros estúdios para a produção de retratos e ponto de encontro por onde passavam poetas, escritores, atores e artistas. Além dos registros de mulheres, crianças, casamentos e atrizes em poses artísticas, o espaço contará com uma réplica de estúdio , convidando o público a fazer suas selfies em um cenário de outros tempos.  

“Pictorialismo” resgata o movimento homônimo que buscava assemelhar a fotografia às artes plásticas e reúne imagens de Adolf de Meyer, Antonio Cavilla, Rudolf Lehnert & Ernst Landrock, Martín Chambi e Jean Lecoq. “Straight Photography”,  isto é fotografia pura, propunha que a fotografia poderia tornar-se artística por meios legítimos, isto é, pela exploração criativa de recursos estritamente fotográficos. É o nascimento da fotografia moderna. Nesse segmento estão fotos de Eugène Atget, George Seeley, Brassaï e Man Ray, com destaque para o livro dedicado a Edward Steichen.

O núcleo “A eternidade do instante” reúne fotos icônicas de Cartier Bresson, Brassaï, Robert Doisneau, Riboud, Dorothea Lange, Chico Albuquerque, Gentil Barreira, Robert Capa, Joe Rosenthal, Steve McCurry, Felipe Dana, Chaim, Jay Maisel, Lee Chang, Bina Fonyat, Celso Oliveira e Hildegard Rosenthal.

Para fechar a visitação no térreo, “Brasília” aparece retratada em fotos de Marcel Gautherot, Jean Manzon, Luiz Carlos Barreto, Thomaz Farkas, Leonard Plentz, entre outros.

Nas galerias do 1o andar, o grupo “Grafismos” traz uma seleção de imagens criadas por pioneiros modernistas e seus discípulos, como Christian Cravo e Rodrigo Frota. 

“Fotografia Expandida” e “Fotografia Performance” mostram a interface entre a arte e a revolução digital, quando a fotografia passa a dominar a cena artística e tornou-se um laboratório de experimentações, que se desdobram em muitas poéticas. Para ilustrar, imagens de Solon Ribeiro, Ana Maiolino, Yuri Firmeza, João Angelini, Paulo Nazareth, Rodrigo Braga, Mauricio Ianês.

Em “Poéticas Construídas”, estão fotos de Adriana Duque e Vik Muniz, produzidas a partir de obras de arte, cinema, televisão, entre outros. Já as imagens de Daniel Senise, Rosana Palazyan, Julio Bittencourt, reunidas em “Poéticas Conceituais”, instigam o visitante com questões e formulações críticas. Registros de Betina Samaia, Siegfried Franklin, Luiz Baltar e Claudia Jaguaribe estão reunidos em “Manipulações”, com possibilidades quase infinitas de hibridação de imagens. 

O último módulo de “A Máquina do Tempo”, também no 1o andar do Museu da Fotografia Fortaleza é uma celebração da humanidade, com a seleção de fotos HUMANOS, reunindo homens, mulheres, pretos, brancos, famosos e desconhecidos, LGBT+, albinos, pobres, ricos, e toda a gama da alegria, raiva, beleza,  tristeza, dor, e felicidade que a FOTOGRAFIA, a nossa Máquina do Tempo, registra e revela. Entre os fotógrafos desse módulo estão: Marcel Gautherot, Mário Cravo Neto, Christian Cravo, Bob Wolfenson, Arthur Omar, Bauer Sá, Elliott Erwitt, Milton Greene, Richard Avedon. No espaço, fotos de  Camila Pitanga, Paulinho da Viola, Luiz Melodia, Jorge Ben Jor, Elza Soares, Lázaro Ramos, Gilberto Gil, Taís Araújo, Marilyn Monroe, Picasso, Brecheret, Portinari, Aldemir Martins, Antonio Bandeira, Sonia Guajajara e outros. 

SOBRE DENISE MATTAR

Foi curadora do Museu da Casa Brasileira, SP de 1985 a 1987, do Museu de Arte Moderna de São Paulo, de 1987 a 1989 e do Museu de Arte Moderna RJ de 1990 a 1997. 

Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de artistas como Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Maria Tomaselli., Norberto Nicola, Alfredo Volpi, Guignard, entre outras. 

Em 2019 recebeu novamente o Prêmio APCA pela retrospectiva de Yutaka Toyota apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo e Museu Nacional da República, Brasília, DF. 

Entre os seus últimos trabalhos, estão as mostras Movimento Armorial 50 anos, nos CCBBs do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Brasília,  Ianelli 100 anos no Museu de Arte Moderna de São Paulo, Elas – De Musas a Autoras e 22ª Unifor Plástica na Universidade de Fortaleza.

OUTRAS MOSTRAS: “HOMO SAPIENS – o homem que sabe o que não sabe” ocupa o segundo andar do MFF com cerca de 80 fotografias de Daniel Taveira e seu olhar cuidadoso, que observa em terras estranhas manifestações culturais e cenas cotidianas. Com curadoria de Diógenes Moura, a mostra começa pela Etiópia, onde tem a primeira identificação Homo Sapiens e apresenta um fio condutor da existência humana, até a última sala dedicada à celebração do Dia dos Mortos, tradição do México.

SOBRE O MUSEU DA FOTOGRAFIA FORTALEZA

Inaugurado dia 10 de março de 2017, o MFF mantém dois andares de acervo fixo e um outro que recebe exposições temporárias. Compreendendo sua função social para além do espaço expositivo, mantém os projetos Museu nos Bairros e Museu no Interior, que já visitaram diversas comunidades, levando teoria e prática acerca do mundo da fotografia. 

O equipamento realiza ainda uma série de ações para divulgar novos talentos e promover a fotografia, a partir de cursos e visitas guiadas para a terceira idade,  e de oficinas e workshops voltados a artistas, estudantes e educadores – resultado de sua proximidade com as Secretarias de Cultura (Secult), de Turismo (Setur) e de Educação do Estado (Seduc), e das Secretarias Municipais da Educação (SME), de Turismo (Setfor) e de Cultura de Fortaleza (Secultfor). 

O MFF tem também uma equipe de educativo formada pelos alunos dos cursos de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de Fortaleza (Unifor), Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Artes Visuais do Instituto Federal do Ceará (IFCE), da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Estácio e Escolas Técnicas do Governo do Estado. 

SERVIÇO: 

RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA: 

VOGAL COMUNICAÇÃO – Assessoria de Imprensa do Museu da Fotografia Fortaleza 

Juliana Bomfim – (85) 9 9984.9030 | juliana.vogal@gmail.com

Liz Siqueira – (85) 9 9604.6274 | 

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