Setembro Verde Claro reforça a conscientização sobre o câncer de ovário

Tumor tem a maior taxa de mortalidade entre as mulheres pela dificuldade em ser diagnosticado no início

Campinas/SP: Os tumores ginecológicos recebem atenção especial no mês de setembro, em especial o câncer de ovário, que, apesar de ser o oitavo tipo de câncer mais diagnosticado entre as mulheres, é o que apresenta a maior taxa de mortalidade entre os tumores ginecológicos. O principal motivo é a dificuldade em identificar o tumor em estágio inicial. Cerca de 67% dos casos de câncer de ovário são diagnosticados já nos estágios mais avançados da doença. Portanto, setembro recebe o laço verde claro para reforçar a conscientização sobre a doença. Como forma de ajudar as pessoas a entenderem mais sobre a doença, o oncologista do Grupo SOnHe Leonardo Silva, responde as principais dúvidas sobre a doença:

1-) Qual a incidência do câncer de ovário no Brasil?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, são esperados 7.310 novos casos de câncer de ovário por ano para o triênio 2023/2026. Em 2020, 4 mil mulheres morreram em decorrência do câncer de ovário.

2-) Por que é alta a taxa de mortalidade do câncer de ovário?

A elevada mortalidade associada ao câncer de ovário se deve, em grande parte, ao fato de que a maioria dos casos é diagnosticada em estádios mais avançados. Sabemos que, a chance de cura do câncer é maior quando ele é diagnosticado quando a doença ainda está localizada ao órgão de origem.

3-) Existem exames para rastrear o câncer de ovário?

Ao contrário do câncer de mama e do câncer de colo uterino, não dispomos de exames de rastreamento para o câncer de ovário. Diversos estudos já foram conduzidos avaliando diferentes métodos de rastreamento, como o exame físico pelo ginecologista, a ultrassonografia e um exame de sangue específico. No entanto, nenhuma dessas estratégias foi capaz de diagnosticar precocemente o câncer de ovário, de forma eficaz.

4-) Como é feito o diagnóstico do câncer de ovário?

Geralmente, a avaliação se inicia pelo exame físico pelo ginecologista, seguido de ultrassonografia e exames laboratoriais, incluindo o CA125. O achado de lesões ovarianas suspeitas, nódulos sólidos e/ou cistos, pode exigir outros exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, e a paciente é encaminhada para o ginecologista oncológico, especializado no tratamento cirúrgico dos cânceres ginecológicos.

5-) Quais os sintomas de alerta para as mulheres com relação ao câncer de ovário?

  • Aumento de volume do abdome
  • Dor abdominal/pélvica (região inferior do abdome)
  • Sensação de empachamento, dificuldade para se alimentar
  • Fadiga
  • Sintomas urinários: aumento da frequência das idas ao banheiro, sensação de urgência para urinar

6-) Quais os tratamentos possíveis para o câncer de ovário?

O tratamento depende de cada caso, mas pode ser:

  • Cirurgia
  • Quimioterapia
  • Anticorpo Monoclonal
  • Inibidores de PARP

Diante da dificuldade em fazer o rastreio, é fundamental que as mulheres mantenham a rotina ginecológica, para que possam ser acompanhadas por um profissional capaz de identificar possíveis sintomas desse tipo de tumor e garantir o acesso a exames importantes para prevenir outras doenças ginecológicas.

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar em importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, como o Hospital Santa Tereza, Oncologia Vera Cruz, Hospital Puc-Campinas, além do UNACON, em Americana.  O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por 15 especialistas sendo três deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva, Higor Mantovani, Débora Curi, Isabela Pinheiro, Amanda Negrini, Laís Feres, Luiza Gadotti e pelas hematologistas Lorena Bedotti e Jamille Cunha. Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais.

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