Ômicron: o que sabemos sobre a nova variante

Especialista aponta o que são certezas sobre a Ômicron e o que ainda não passa de especulação

São Paulo, dezembro de 2021 – Ao que parece, os riscos de uma nova pandemia têm sido subestimados, e, por consequência, as ações de como enfrentá-la já sofrem com a ausência de investimentos. De acordo com uma pesquisa da Universidade Duke, na Carolina do Norte, há cerca de 2% de possibilidade de uma pandemia como a da Covid-19 acontecer todos os anos – o que acarreta em 38% de chance de um ser humano vivenciar algum grande surto ao longo de sua vida.  

Um dos fatores de maior contribuição para o favorecimento de pandemias é a maior facilidade de deslocamento entre cidades, países e continentes em curtos períodos de tempo, o que propicia o transporte de agentes infecciosos. “Um mundo globalizado está sempre em risco eminente de pandemia. O trânsito de pessoas, produtos, mercadorias e animais favorece a disseminação continental das doenças infectocontagiosas e parasitárias”, explica a Dra. Raquel Xavier de Souza Saito, docente do curso de graduação em enfermagem da Faculdade Santa Marcelina.  

No entanto, a especialista afirma que ainda é cedo para afirmar sobre uma nova pandemia, visto que ainda não foi vencida aquela iniciada em 2020 (SARS-CoV-2), de modo que o foco deve estar no controle e monitoramento da doença e suas variantes. “Equipes de inteligência epidemiológica devem triar e acompanhar as variantes genômicas que podem representar maior risco futuro, assim como garantir acesso e certificar a eficácia de vacinas, inclusive em países mais pobres como a África do Sul – onde surgiu a variante Ômicron”. 

A nova variação da Covid-19 foi classificada em 26 de novembro de 2021, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma Variante de Preocupação (VOC). Após dois dias (28/11), 12 países já haviam confirmado a detecção da Ômicron em seus territórios. “No Brasil, até o dia 02 de dezembro, três pessoas haviam testado positivo para a nova variante. Nesse cenário, o mais importante é que se mantenham as medidas de precaução”, comenta a professora.  

O que se sabe sobre a Ômicron? 

Ainda existem poucas evidências sobre a nova variação da Covid-19 que tem alarmado pessoas no mundo inteiro. “Até o momento não há consenso, por exemplo, que indique que a infecção com Ômicron possa causar uma doença mais grave em comparação com infecções de outras variantes”, explica Raquel. O mesmo se aplica em termos de transmissibilidade – ainda não se pode afirmar que ela seja mais contagiosa que seus pares.  

No entanto, se sabe que dados preliminares de reinfecção sugerem que pessoas que já tiveram Covid-19 podem ser reinfectadas com Ômicron. Os testes de PCR também continuam valendo e são eficazes na identificação da infecção com a nova variante. Sobre a eficácia da vacina, a docente alerta: “as vacinas continuam sendo essenciais para reduzir doenças graves e morte, inclusive contra essa variante. Os imunizantes atuais permanecem eficazes contra doenças graves e morte”. 

As medidas de precaução  

Frente a esse cenário, é importante manter os cuidados adotados desde o começo do surto de coronavírus, como o uso de máscaras, medidas de higiene, incluindo lavagem de mãos ou uso de álcool gel a 70%, e a etiqueta respiratória, protegendo boca e nariz quando tossir, falar ou espirrar. “As experiências e conhecimentos acumulados nos quase dois anos de pandemia, contribuem para o melhor manejo tanto do controle da doença, por meio de vacinas e medidas preventivas não farmacológicas, quanto na condução dos casos de síndromes respiratórias mais graves. Em todos os aspectos, o sucesso do enfrentamento da pandemia independentemente da variante, depende e deve ser de responsabilidades de todos”, finaliza a doutora.  

Sobre a Faculdade Santa Marcelina     

Faculdade Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina – ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica. Desde o início, os princípios de orientação, formação e educação da juventude foram os alicerces do trabalho das Irmãs Marcelinas. Em São Paulo, as unidades de ensino superior iniciaram seus trabalhos nos bairros de Perdizes, em 1929, e Itaquera, em 1999. Para os estudantes é oferecida toda a infraestrutura necessária para o desenvolvimento intelectual e social, formando profissionais em cursos de Graduação e Pós-Graduação (Lato Sensu). Na unidade Perdizes os cursos oferecidos são: Música, Licenciatura em Música, Artes Visuais, Licenciatura em Artes Plásticas e Moda. Já na unidade Itaquera são oferecidas graduações em Administração, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Tecnologia em Radiologia e Tecnologia em Estética e Cosmética.

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