Notas Rápidas
A data é comemorada em 8 de maio. Em 2024, Ceará já registra crescentes em áreas ligadas ao turismo
Nesta quarta-feira (8), será comemorado o Dia Nacional do Turismo, data oficializada em 2012, por meio da Lei Federal nº 12.625. No Ceará, o setor é um dos que mais contribuem para a economia do estado e, em 2024, já registra números recordes, superando até o período pré-pandemia, segundo dados da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur).
A data simbólica tem como principal objetivo fomentar a promoção turística no país, conscientizando a população sobre as belezas naturais e culturais que formam toda uma experiência turística. Fernando Elpídio, mestre em Gestão de Produtos Turísticos e diretor da Nova Letra Eventos Criativos, explica que há três principais pilares da atividade turística: economia, estrutura e promoção.
“O estado do Ceará como um todo, tanto a capital, sertão, as regiões serranas e litoral possuem ambientes perfeitos para uma diversidade de experiências turísticas. Esse setor movimenta uma cadeia econômica imensa, que vai desde serviços de apoio ao visitante como hotéis, bares, restaurantes e transportes, até artesanato com feiras e produtos originais. A estrutura viária, segurança, limpeza e posicionamento de imagem também contam bastante para a atividade turística. Vale ressaltar que a promoção de eventos potencializa a vivência do viajante no destino, aumentando toda a bagagem de experiências como festivais culturais, atividades esportivas e gastronômicas que podem tornar a viagem inesquecível.”, explicou Fernando Elpídio.
De acordo com dados da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), o Ceará já superou o período pré-pandemia em número de empresas prestadoras de serviços turísticos. Apenas no primeiro trimestre de 2024, foram 1.620 novos registros no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur). O número é 99,26% maior que em 2019, antes da pandemia, e 37,8% maior em relação ao ano passado, quando registrou 1.176 novos cadastros.
Já de acordo com a Fraport Brasil, empresa administradora do Aeroporto Internacional de Fortaleza, o equipamento bateu recorde de voos internacionais também no primeiro trimestre de 2024. Foram mais de 100 mil passageiros, em cerca de 550 pousos e decolagens internacionais na capital cearense. Em 2023, durante o mesmo período, foram 66.311 passageiros.
“O turismo é uma grande indústria responsável pela geração de emprego, renda e oportunidades. No Ceará, essa atividade é beneficiada com uma infinidade de belezas naturais, que atraem turistas do mundo todo. No cenário internacional, além dos dados que celebramos no primeiro trimestre, a expectativa é que sigamos em crescimento, com novos voos para Orlando, aumento de frequências para Lisboa, Miami e Paris. Vale ressaltar que somos desafiados a mostrar ao mundo que todo o estado do Ceará tem potencial para atividade, por isso investimentos em promoção e mantemos diálogo com companhias aéreas para facilitar o acesso do turista. Em julho, teremos o voo inédito para o aeroporto regional de Quixadá e, em fevereiro passado, conquistamos a frequência Juazeiro-Brasília”, destaca Yrwana Albuquerque, secretária do Turismo do Ceará.
Outro segmento que tem impulsionado a atividade no estado é o turismo dos ventos, com a predominância do kitesurf. A modalidade atrai turistas nacionais e estrangeiros interessados em praticar o esporte no litoral cearense. “Os bons ventos que sopram no litoral não movem apenas o esporte, mas também um poder de transformação social para as comunidades locais, que são impactadas de forma direta ou indiretamente”, frisa Yrwana. Ela cita como exemplo o caso de Camocim, no litoral oeste, que em um intervalo de quatro anos o Produto Interno Bruto (PIB) da cidade teve uma expansão de 42%, segundo dados do IBGE, em decorrência da expressiva chegada de turistas com foco na prática do kitesurf.
História
A comemoração do Dia Nacional do Turismo faz alusão ao dia 08 de maio de 1916, quando as Cataratas do Iguaçu foram desapropriadas e declaradas de utilidade pública. Isso resultou na criação do Parque Nacional do Iguaçu, um dos destinos mais visitados do país e uma das sete Maravilhas da Natureza.–
O sonho americano de viver e trabalhar legalmente nos Estados Unidos, que muitos ainda veem como uma conquista inatingível, é algo cada vez mais possível de ser atingido por profissionais brasileiros qualificados e experientes. São médicos, advogados, engenheiros, dentistas e vários outros especialistas com habilidades excepcionais comprovadas, independente da oferta prévia de uma vaga no mercado de trabalho americano. Os que se encontram nesta condição de ser um profissional com anos de experiência reconhecida e qualificação têm a oportunidade de aplicar para o Visto EB-2 NIW (National Interest Waiver) independente de já terem garantida uma vaga de trabalho no país.
São aceitos para esta categoria de visto bacharéis com mais de cinco anos na área ou ainda mestres e doutores. Neste caso, ao solicitar a dispensa por interesse nacional, o proponente deve apresentar em detalhes a sua trajetória profissional para mostrar o quanto todo o seu conhecimento obtido ao longo da carreira pode ser um diferencial para os Estados Unidos.
A isenção em função do interesse nacional atende a critérios subjetivos, o que torna cada caso migratório particular. E esse é apenas mais um dos motivos que justificam a contratação de uma empresa especializada com advogados licenciados em imigração nos Estados Unidos para realizar todo o processo para a obtenção do visto americano.
“Algumas exigências precisam ser cumpridas, tais como apresentar o diploma educacional na área, possuir licença profissional e ter acumulado resultados profissionais significativos, além da comprovação de remuneração compatível no Brasil. Cartas de recomendação são ainda bem-vindas, pois são uma prática muito comum nos Estados Unidos no acesso a escolas e universidades, e também possuem um peso importante na aplicação ao visto EB-2. Todo este processo, essas orientações e acompanhamento são oferecidos pelos nossos advogados”, destaca o advogado licenciado nos Estados Unidos, Brasil e Portugal Vinícius Bicalho, CEO da Bicalho Consultoria Legal e membro da Associação Americana de Advogados de Imigração (AILA – American Immigration Lawyers Association).
Bicalho reforça a importância de contar com um advogado licenciado para definir e elaborar toda a estratégia do processo migratório. “O Visto EB-2 leva em consideração os planos profissionais ou o plano de negócios de acordo com o que o proponente vislumbra para atuar no país. De forma geral, a expectativa é de que todo o processo dure aproximadamente 20 meses, mas este trâmite pode ser acelerado, por exemplo, se for feito o pedido de ‘premium process’. Neste caso, o proponente pode ter aprovada a sua solicitação da petição inicial em até 45 dias, reduzindo significativamente todo o caminho em busca do green card”, completa.
A aplicação para o Visto EB-2 é realizada ainda no Brasil e uma das etapas é a entrevista final de imigração que o candidato realiza no Consulado do Rio de Janeiro, única cidade do Brasil onde acontecem os processos de visto de imigrante. Quem já estiver nos Estados Unidos, seja com visto de estudante ou outro visto de trabalho, pode requerer um ajuste de status enquanto aguarda o green card pelo EB-2.
“O cenário de crise econômica e política no Brasil, em contraste com o de oportunidades nos Estados Unidos, costuma contribuir para o aumento do interesse não apenas na economia americana, mas também no desejo de residir legalmente no país, internacionalizando negócios, no caso dos que possuem suas empresas, ou levando a carreira para um outro patamar, quando se trata de profissional experiente”, comenta Renato Oliviera, CEO da Be Internacional, empresa pertencente ao grupo Bicalho.
A EMPRESA
A Bicalho Consultoria Legal é uma empresa com ampla experiência em processos migratórios para os Estados Unidos, com escritórios no Brasil, em Portugal e nos Estados Unidos. Oferece soluções para empresas e empreendedores e profissionais liberais, que englobam assessoria jurídica, consultoria nas áreas empresarial, tributária e trabalhista, e planejamento patrimonial, auxiliando a internacionalizar negócios e carreiras. Conta com um corpo experiente e multidisciplinar de profissionais. Mais informações disponíveis no site https://bicalho.com e nas redes sociais: @bicalhoconsultoria (Instagram), @BicalhoConsultoriaLegal (YouTube) e Bicalho Consultoria Legal (Facebook).
Veja alguns títulos da Literare Books para presentear a sua mãe nesta data especial
O Dia das Mães está próximo, então que tal já garantir os presentes para a data especial? A Literare Books International te ajuda! Um bom livro é sempre uma opção interessante e prática na hora de escolher um presente.
Na nossa lista tem um pouco de tudo e para todos os gostos! Confira nossas sugestões:
Mãe
O instinto materno acolhe, protege e cuida. Educar é uma arte. E a presença da mãe é muito importante nesse processo, desenvolvendo a autoestima dos filhos e proporcionado qualidade de vida. Com coordenação editorial do médico e escritor Ricardo Marcondes de Mattos, o livro “Mãe” é uma homenagem às mães, figuras tão influentes e fundamentais em nossa formação e em nossas vidas. Os textos foram escritos por diferentes autores, que compartilham, cada um à sua maneira, momentos e histórias que celebram o amor materno e o vínculo tão intenso, forte e especial que se estabelece entre mãe e filho. Que as histórias apresentadas aqui possam emocionar, divertir, trazer saudades, nostalgia e despertar memórias felizes!
Lobas
O livro, escrito pela jornalista e criadora de conteúdo Maria Cândida, explora, com base na sua história pessoal dos 40 aos 50 anos, os desafios para a construção de uma vida saudável, longeva, quebrando estereótipos de idade e com entendimento da maturidade como aliada. A obra oferece um passo a passo para que mulheres maduras, ou que estão chegando nos 40 anos, tenham informações necessárias para entender como se planejar e mudar o estilo de vida, antes do efeito dominó que terá seu ápice nas quedas hormonais da menopausa. Desacelerações, perdas de massa muscular, metabolismo mais lento, tudo isso deve gerar baixas de produtividade que vão impactar a qualidade de vida da maioria.
Voa
O livro é uma narrativa poderosa sobre descobrir as asas da própria alma. Dayana Souza, autora e pioneira na aviação militar brasileira, compartilha sua jornada incomum, começando com seu primeiro voo solo aos 20 anos em uma aeronave da Força Aérea Brasileira e culminando em se tornar a primeira mulher a pilotar um helicóptero militar aos 23. A autora compartilha lições valiosas sobre coragem, resiliência e autodeterminação. Ela desvenda os segredos de por que alguns permanecem no solo, enquanto outros alcançam os céus. Com uma linguagem cativante e cheia de inspiração, ela convida os leitores a desafiar suas próprias limitações e a decolar em direção aos seus sonhos mais elevados.
Quem manda na minha vida sou eu
Em um mundo repleto de desafios, uma certeza ecoa em cada mulher: ela mesma deve ser a guia de sua própria vida e a autora de suas escolhas, não permitindo que opiniões alheias definam seus caminhos, pois devem confiar em suas intuições e no poder de suas vozes interiores. Este livro, elaborado de forma coautoral, apresenta uma compilação inspiradora de relatos sobre mulheres que desafiaram as convenções sociais, romperam barreiras e reivindicaram seu poder pessoal. Coordenado pela renomada advogada, congressista em Direitos Sociais e autora best-seller Naíle Mamede, o livro reúne um grupo de mais de 40 mulheres corajosas e visionárias, que compartilham suas histórias de superação, conquistas e transformação. Cada capítulo apresenta uma narrativa cativante de uma mulher única, cuja determinação e ousadia a levaram a enfrentar desafios pessoais e profissionais, e a redefinir o significado de sucesso e realização.
Mulheres que transformam mulheres: seja protagonista da sua vida
Um livro que faz ecoar a voz feminina, composto de textos que emocionam, revoltam, inspiram e impulsionam a viver, sonhar e realizar. Um livro escrito para mulheres e homens que conseguem compreender que todos são iguais e que, juntos, com respeito e cooperação, podem construir um mundo melhor. Para que as mulheres tivessem o direito de escrever suas histórias, muitas precisaram e ainda precisam lutar, sofrer e resistir. Com prefácio da Luiza Helena Trajano, as histórias de mulheres transformadoras contadas nesta obra são exemplo e inspiração para muitas outras que têm potencial e, certamente, estão fazendo acontecer em suas áreas de trabalho e na sociedade. Conectar relatos de coautoras que superaram obstáculos, distâncias e preconceitos e alcançaram o sucesso pode ajudar a curar e inspirar muitas pessoas. A proposta deste livro é reunir mulheres que têm como missão transformar a vida de mulheres. Ao ler estas histórias, o leitor perceberá que viver é desafiador, que falhar é humano e que a vida é um presente divino.
Inteligência emocional feminina
A obra abre um caminho para o autoconhecimento e a conexão com o propósito de vida por meio da inteligência emocional feminina. Ao analisar centenas de relatos, de alunas e de clientes sobre as dificuldades enfrentadas pela ausência de inteligência emocional, a escritora Simone Salgado sentiu a necessidade de expor seu aprendizado, resultado de mais de oito anos de estudo nessa área. Sem fórmula mágica, a proposta da escritora é fazer com que as leitoras gerenciem com mais assertividade suas emoções e tarefas do dia a dia, para ter uma vida com mais equilíbrio psicoemocional, administrando as emoções negativas, as quais produzem comportamentos destrutivos e, consequentemente, potencializará as emoções positivas para gerar resultados superiores aos desejados.
Elas na liderança
Um dilema sempre muito discutido quando falamos de mulheres em cargos de liderança é o equilíbrio entre o lado profissional e o pessoal. Como gerir empresas e pessoas, tomar decisões importantes, sem, contudo, negligenciar os outros papéis assumidos por elas no dia a dia? O livro traz relatos de mulheres que são referências como profissionais, líderes em suas respectivas áreas de atuação, e que, apesar dos desafios e obstáculos impostos pelo trabalho e pela sociedade, mostraram ser possível exercer papéis de liderança de forma bem-sucedida, sem deixar a vida pessoal em segundo plano. A obra surgiu da necessidade de empoderar mais mulheres, mostrar caminhos e sinalizar opções passíveis de conciliação, equilibrando necessidades e interesses. Que as experiências compartilhadas neste livro possam enriquecer e transformar vidas.
Meu filho tem jeito
Obra voltada para pais, mães, cuidadores, professores, enfim, de pessoas que têm criança por perto. Escrito a quatro mãos, por Marcia Belmiro e Ana Clara Werneck, com a expertise de quem pesquisa neurociência e, ao mesmo tempo, cria pessoas pequenas, trata de temas fundamentais de forma clara e precisa, fornecendo balizadores para lidar com assuntos que banham nosso cotidiano. O livro aborda questões densas, porém pertinentes, como separação dos pais, morte na família, relacionamentos abusivos entre outras. Com uma linguagem acessível, sem esquecer da pauta científica, a obra dá acesso a informações que podem simplificar a vida familiar, possibilitando a criação de pessoas mais saudáveis mentalmente e, assim, tornando o mundo um lugar melhor para se viver.
A nova etiqueta
A obra revela as origens desse código de conduta, sua evolução ao longo da História e, principalmente, os dilemas que ele enfrenta hoje, em um mundo bombardeado por mudanças estruturais. O leitor entenderá que a Nova Etiqueta não é como a antiga, ou seja, um conjunto de regras de comportamento que especificam como devemos nos comportar socialmente e, sim, um exercício permanente de nossas próprias virtudes, sempre em favor do bem comum, algo que excede em muito a nossa esfera privada. Por meio de uma leitura cativante, o leitor descobrirá como a etiqueta pode ser uma ferramenta poderosa de engrandecimento pessoal, um facilitador de interações e de boas causas e, acima de tudo, um gerador de equilíbrio e autoconhecimento nesses nossos tempos tão difíceis e desafiadores.
O sucesso de ser você
Saschi Schmidt nos conduz além das barreiras do destino previsível, desafiando-nos a sermos os autores de nossas próprias histórias. Ao desvendar os 7 segredos da GRATIfulness, somos guiados por uma jornada introspectiva que revela a chave para desbloquear o sucesso latente dentro de nós. A autora compartilha sua própria jornada de transformação, que vai além da perda de peso e da superação de falências e depressão. Sua maior vitória foi entender sua essência, aceitar responsabilidades, melhorar sua perspectiva diante do mundo e dos desafios, nutrir seu corpo mental, emocional e físico, elevar seu merecimento para alcançar objetivos, descobrir e viver seu propósito, e cultivar respeito por si mesma e pelos outros. Nesta obra, Saschi compartilha os ensinamentos e práticas que a ajudaram a abrir essas camadas, convidando os leitores a fazerem o mesmo. Cada segredo revelado é uma luz no caminho da verdadeira felicidade, preparando os leitores para uma jornada de autodescoberta e transformação.
Para psicóloga do CEUB, a qualidade da rede de apoio, tanto de serviços quanto comunitária, influencia na recuperação das famílias atingidas
O Brasil enfrenta uma das maiores catástrofes climáticas de todos os tempos. Desde a semana passada, o Rio Grande do Sul foi atingido por fortes enchentes, com 83 mortes e 121.957 desabrigados, segundo relatório da Defesa Civil do estado na manhã desta segunda-feira, 6 de maio. Diante disso, o país se mobiliza em campanhas de arrecadação de donativos para as famílias que perderam os meios de subsistência básica. Além de abrigo, comida, higiene, roupas e calçados, os sobreviventes de desastres climáticos necessitam de apoio psicossocial. É fundamental fornecer apoio instrumental e emocional às comunidades e às famílias, afirma Izabella Melo, professora de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB).
Confira entrevista, na íntegra:
Como o impacto emocional nas famílias de vítimas de desastres naturais difere de outras formas de trauma?
IR: O impacto emocional causado por desastres naturais nas famílias difere de outras formas de trauma principalmente devido à sua natureza imprevisível. Enquanto eventos de transição familiar, como a entrada dos filhos na adolescência, podem ser estressantes, desastres naturais são considerados estressores verticais, trazendo uma imprevisibilidade que aumenta os sintomas ansiosos e depressivos, podendo desencadear outros transtornos psicológicos. Esses eventos, quando coincidem com transições familiares, como a adolescência dos filhos, podem intensificar ainda mais o impacto sobre a família.
Quais são os principais desafios psicológicos enfrentados pelas famílias durante o processo de recuperação após um desastre natural?
IR: Isso vai variar muito a partir de questões contextuais. As variáveis econômicas, ambientais, Os desafios psicológicos durante a recuperação após um desastre natural variam dependendo do contexto, como fatores econômicos, ambientais e políticos. Uma resposta imediata e adequada por parte das autoridades pode reduzir os sintomas depressivos e ansiosos, enquanto uma resposta tardia ou insuficiente pode agravar o impacto psicológico. A qualidade da rede de apoio, tanto de serviços quanto comunitária, também influencia na recuperação das famílias.
Que tipos de apoio psicológico são mais eficazes para ajudar as famílias a lidar com o luto e o trauma após um desastre?
IR: Diferentes estratégias de suporte psicológico são necessárias em diferentes momentos após um desastre. A psicologia dos desastres oferece diretrizes e pesquisas valiosas nesse sentido. No início, o foco é na mitigação dos efeitos imediatos, como a psicoeducação para prevenção de danos adicionais. Posteriormente, o suporte se volta para a redução dos sintomas de sofrimento e o manejo do trauma, incluindo terapia individual, familiar e em grupo.
Como lidar com o sentimento de culpa que algumas famílias podem experimentar após a perda de entes queridos em um desastre natural?
IR: O manejo do sentimento de culpa após uma perda depende da história e contexto familiar. É importante reconhecer que cada experiência de culpa é única e buscar entender como a família organiza seus sentimentos e significados em relação ao evento traumático. O apoio pode incluir a valorização dos legados familiares e a busca por fatores protetivos específicos àquela família.
Qual é o papel dos grupos de apoio no processo de recuperação emocional das famílias afetadas por desastres naturais?
IR: Os grupos de apoio desempenham um papel crucial na recuperação emocional das famílias, permitindo que compartilhem experiências e reconfortem-se mutuamente. O terapeuta atua como facilitador, fornecendo estrutura para a conversa, enquanto o grupo aproveita sua expertise coletiva para fortalecer o senso de comunidade e valorizar as experiências individuais.
Quais são os sinais de alerta de problemas psicológicos mais graves que podem surgir nas famílias após um desastre natural? E quais seriam os caminhos para buscar ajuda?
IR: Sintomas de ansiedade e depressão são comuns após um desastre natural, mas se persistirem por longos períodos podem indicar problemas mais graves. É importante buscar suporte psicológico, médico e comunitário, além de políticas públicas que atendam às necessidades da população afetada. A combinação desses esforços é essencial para lidar com problemas psicológicos mais sérios e facilitar a recuperação das famílias.
A Orquestra Contemporânea Brasileira (OCB) retoma temporada de apresentações nesta quarta-feira, 08/05, às 19h, no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult). O concerto terá a regência do maestro Arley França, interpretando temas que transitam, ao mesmo tempo, entre o popular e o erudito.
Na primeira parte do espetáculo, a orquestra apresentará obras de aclamados compositores da música erudita brasileira, incluindo nomes como Heitor Villa-Lobos, Carlos Gomes e Alberto Nepomuceno. Na sequência, o público poderá conferir os arranjos de composições populares de artistas como Sivuca, Waldir de Azevedo e maestro Duda, com a participação especial do trombonista Gilvando Pereira, conhecido artisticamente como Azeitona.
O maestro Arley França, com doutorado em Educação e ampla experiência no cenário internacional, tem liderado a formação de mais de 40 bandas e orquestras para jovens no Ceará, além de ter regido concertos em países como Alemanha e Noruega. O regente tem desempenhado importante papel no progresso da cena musical do estado. “O evento promete ser uma celebração da rica obra de importantes compositores brasileiros, oferecendo uma experiência única com novas interpretações da música erudita e popular brasileira, em toda a sua diversidade e riqueza artística”, pontua o maestro Arley França.
Por sua vez, Gilvando Pereira, o Azeitona, é aclamado como um dos principais trombonistas do Brasil, com uma carreira sólida dedicada à música popular brasileira. Com performances em vários países, como Estados Unidos, Europa e América do Sul, Azeitona contribuirá com sua vasta experiência e paixão pela música para enriquecer ainda mais o concerto da OCB no Cineteatro São Luiz.
Saiba Mais
Criada em 2016 como resultado de um projeto cultural colaborativo entre o Sistema Brasileiro de Bandas e Orquestras (Sinfonia.br) e a Associação dos Amigos da Arte (AAMARTE), a Orquestra Contemporânea Brasileira (OCB) tem exercido um papel crucial na divulgação e promoção da música de alta qualidade no panorama musical nacional. Sob a direção artística do maestro Arley França, a orquestra tem se destacado não apenas pela sua excelência artística, mas também pelo compromisso firme com o desenvolvimento e a formação de novos talentos musicais.
[CONCERTO] Concerto da Orquestra Contemporânea Brasileira
Data: 08 de maio (quarta-feira) | Horário: 19h | Classificação: 12 anos
Local: Cineteatro São Luiz – R. Major Facundo, 500, Centro
Ingressos: R$ 60,00 (inteira)/R$ 30,00 (meia)
Horário de funcionamento da bilheteria: Terça a Sexta – 9h30 às 18h / Sábado – 9h30 às 17h. Horários sujeitos a alterações, de acordo com a programação. Telefone para contato: (85) 3252.4138
Venda online: https://bileto.sympla.com.br/event/93264?share_id=1-copiarlink
Realização: AAMARTE e SINFONIA.BR
Apoio cultural: Cineteatro São Luiz e Instituto EDP
Patrocínio: EDP
Fotos: (Crédito: Guilherme França)
A Bienal do Livro Bahia chegou ao fim nesta quarta-feira, 1º de maio, depois de seis dias de programação, no Centro de Convenções Salvador, e registrou público recorde de mais de 100 mil visitantes, superando os 90 mil alcançados na edição anterior. A GL events Exhibitions, empresa responsável pela organização do evento, estima que mais de 800 mil livros foram vendidos e já confirmou a realização da próxima edição da Bienal, em 2026.
“Os baianos receberam a Bienal de braços abertos e, sem dúvida nenhuma, já é a maior edição de todos os tempos. Isso tudo reforça o tamanho e a importância da Bienal como o maior e principal evento de literatura e cultura do Nordeste. Brevemente, a gente lança a próxima edição para 2026, com expectativa de mais uma vez superar esses números”, disse a diretora geral da Bienal do Livro Bahia, Tatiana Zaccaro.
A Bienal do Livro Bahia 2024 foi apresentada pelo Governo do Estado da Bahia e apoiada pela Prefeitura Municipal de Salvador. Ela contou, ainda, com os patrocínios do Itaú, da BIC e da Bahiagás, os apoios do Salvador Shopping e da Rede Bahia, além do apoio institucional do Sindicato dos Editores de Livros (Snel).
Jerônimo Rodrigues, Governador da Bahia, em visita à Bienal, declarou que “o livro tem o potencial de fazer as pessoas viajarem, sonharem, elaborarem. Avançamos bastante, mas a participação dos brasileiros e dos baianos, no que diz respeito à quantidade de livros lidos durante o ano, ainda é relativamente baixa. Nós temos que sair da casa de quatro livros no ano para chegar em, pelo menos, um livro por mês. A gente quer que as pessoas tenham interesse pela leitura porque quando incentivamos isso, a gente estimula também a escrita”.
Já Bruno Reis, Prefeito de Salvador, lembrou, na cerimônia de abertura, que a Bienal retomou sua periodicidade habitual com a edição 2022 e o esforço valeu a pena. “Salvador foi, nos dias de Bienal, o palco principal do Brasil para escritores e leitores. É importante para estimular na garotada o hábito da leitura, para que tenham uma formação intelectual. Itamar é um exemplo de estímulo e estamos aqui para que a Bahia possa continuar sendo um berço da cultura brasileira, estimulando a chegada de novos talentos. É com muito orgulho que a prefeitura apoia esse evento”, discursou.
Neste ano, todos os espaços da Bienal do Livro Bahia – Café Literário, Arena Jovem e Espaço Infantil Janelas Encantadas – foram ampliados e mais pessoas puderam aproveitar as atividades e de forma mais confortável. O evento ainda recebeu milhares de estudantes das redes públicas municipal e estadual de ensino. Ônibus e vans de turismo ocuparam o estacionamento do Centro de Convenções Salvador trazendo professores e alunos de diversos bairros da capital e de cidades como Candeias, Cipó, Retirolândia, Camaçari, Vitória da Conquista e outras.
Outra novidade foi a presença de quatro das maiores editoras do país, que fizeram suas estreias no evento: Companhia das Letras, Rocco, HarperCollins Brasil e Globo Livros. Elas se juntam a outras empresas do segmento literário, como a Cortez, a Mostarda e a Malê, que retornam à Bienal após a ótima repercussão e o sucesso de vendas alcançados na edição anterior. A chegada dessas quatro grandes marcas posicionou a Bienal Bahia como um evento literário nacional, e não mais regional. Tal chancela do mercado teve origem na demanda do próprio público baiano, já que o comparecimento das citadas editoras veio em resposta aos inúmeros pedidos dos leitores.
“A gente vai estar presente aqui na próxima edição e quem sabe com uma participação ainda maior. Os números dessa edição foram positivos, os nossos livros têm sido bem expostos e a garotada está comprando muito livro. Nossos autores estão adorando a experiência e estão sendo muito bem recebidos. Então, isso é sinal de sucesso e de que a gente tem que continuar”, ponderou Max Santos, da Cia das Letras, durante o quarto dia da Bienal do Livro Bahia.
Responsável pelo estande da Escariz Livraria, Felipe Santos revelou que no terceiro dia de Bienal o estande já tinha batido a meta de vendas. No quarto dia, foram mais de 6.400 livros vendidos. A obra best seller durante o evento baiano foi “A biblioteca da meia noite”, de Matt Haig, seguida de “Café com Deus pai”, de Junior Rostirola e de “Torto Arado”, do baiano Itamar Vieira Júnior, vencedor do Prêmio Jabuti e do Prêmio Oceanos e um dos convidados do primeiro dia do Café Literário.
As amigas Sophia Gomes, 14, e Fátima Silva, 13, se conheceram lendo gibis da Turma da Mônica, há quatro anos, e visitaram o evento acompanhadas de Micheline Silva, mãe de Fátima. Sophia completou a coleção de livros da poeta norte-americana Amanda Lovelace, levando os dois únicos que ainda não tinha, e Fátima adquiriu a série ‘Os últimos jovens da Terra’, de Max Brallier. “O legal daqui é que não só dá para comprar livros, mas também vira um ponto de encontro para falar sobre eles. A programação tá muito legal e aqui a gente ainda pode lanchar de olho no mar”, comenta Micheline, que marcou presença no evento em dois dias.
A Bienal do Livro Bahia contou com mais de 170 autores, personalidades e artistas, oferecendo mais de 100 horas de atividades e 200 marcas expositoras. Entre os convidados, autores internacionais, como Abdi Nazemian e Scholastique Mukasonga, e alguns dos principais expoentes da literatura brasileira contemporânea, como Itamar Vieira Jr, Glicéria Tupinambá, Pedro Rhuas, Paula Pimenta, Raphael Montes, Socorro Acioli, Thalita Rebouças, Jeferson Tenório, Nath Finanças, Rodrigo França, Elayne Baeta, Kaká Werá, Emília Nuñes, Christian Dunker e Rita Batista; além de celebridades como Daniela Mercury, Tiganá Santana e Zélia Duncan.
Veja lista de livros mais procurados em alguns dos estandes
da Bienal do Livro Bahia
Os estandes de editoras e livrarias estiveram movimentados nos seis dias de Bienal do Livro Bahia. As principais marcas do mercado literário nacional e regional, como Companhia das Letras, Rocco, Harper Collins, LDM e outras, revelaram quais foram os títulos mais comprados pelos visitantes do evento entre 26 de abril a 1º de maio, em Salvador.
A lista contempla livros de autores premiados que foram painelistas na Bienal, como Itamar Vieira Junior, Raphael Montes e Emília Nuñez. Além deles, escritores que performam bem no Tik Tok também ocuparam os rankings de mais vendidos na feira. Obras evangélicas e de nomes internacionais de países como Inglaterra, Coreia do Sul e EUA também tiveram destaque.
ROCCO
- Harry Potter – A pedra filosofal
- Amêndoas – Won Pyung Soho
- Quebrando o gelo – Hannah Grace
- A hora da estrela – Clarice Lispector
- Uma tempestade de verão – K. L. Walther
- Mulheres que correm com os lobos – Clarissa Pinkola Estés
LDM + COMPANHIA DAS LETRAS
- Uma família feliz – Raphael Montes
- Avesso da pele – Jeferson Tenório
- Jantar Secreto – Raphael Montes
- O mar que me levou a você – Pedro Rhuas
- Enquanto eu não te encontro – Pedro Rhuas
- Pequena coreografia do Adeus – Aline Bei
Títulos mais vendidos de autores baianos no estande:
- Torto Arado – Itamar Vieira Júnior
- Como ser um educador antirracista – Bárbara Carine
- O paí, prezada – Carla Akotirene
- Mata Doce – Luciany Aparecida
HARPER COLLINS
- O Deus que destrói sonhos – Rodrigo Bibo
- O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry
- Forte: Devocionais para uma vida poderosa e apaixonada – Lisa Bevere
- O fabricante de lágrimas – Erin Doom
- Minecraft | Guia de combate – Mojang Ab
ALT + GLOBO
- Assistente do Vilão – Hannah Nicole Maehrer
- Divinos Rivais – Rebeca Ross
- Battle Royale – Koushun Takami
- Textos para tocar cicatrizes – Igor Pires da Silva
- Promessas cruéis – Rebecca Ross
- Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente – Igor Pires da Silva
- A mecânica do amor – Alexene Farol Follmut
- Bunny – Mona Awad
- Academia dos casos arquivados – Jennifer Lynn Barnes
ESCARIZ
- A biblioteca da meia noite – Matt Haig
- Café com Deus pai – Junior Rostirola
- Torto Arado – Itamar Vieira Júnior
- Melhor que nos filmes – Lynn Painter
- O Deus que destrói sonhos – Rodrigo Bibo
TIBI, LETRA A E MOJUBÁ
- O pequeno príncipe das águas e a terrível baleia branca – Ricardo Ishmael
- Da raiz do cabelo até a ponta do pé – Emília Nuñez
- A menina da cabeça quadrada – Emília Nuñez
- Deu a louca na bicharada – Ricardo Ishmael
- Que charada esconde a bicharada – Renata
CARAMURÊ
- Não termine comigo, Joana – Anderson Shon
- Histórias e histórias da Bahia
- Mari.o – Ian Fraser
QUALIS
- Contando estrelas
- Veneno na montanha
- Rockstar
Especialista do CEUB explica a influência do período da infecção, do limite de detecção do teste, isolamento viral, enzimas e da temperatura
Febre, dor de cabeça forte, dor atrás dos olhos, vômito, manchas vermelhas na pele com teste negativo para dengue. Este pode ser um cenário possível e até mesmo comum. Mas por que pacientes com sintomas clássicos da doença podem isentar a detecção pelo vírus transmitido para o Aedes aegypti? Gil Amaro, professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB) e mestre em Biologia Molecular explica que fatores podem influenciar a acurácia de um exame positivo indicando a doença.
Confira a entrevista, na íntegra:
Por que vários pacientes testam negativo mesmo tendo todos os sintomas clássicos?
GA: Cada fase da doença tem um exame específico. Os testes para o período dos sintomas são o RT-PCR, o do Antígeno NS1 ou o de Isolamento Viral. Se a pessoa usar os testes de Anticorpo IgG/IgM no período de sintomas, o resultado será negativo, porque esse teste IgG/IgM é para outra fase da doença. O segundo motivo é que todo exame tem um limite de detecção, sensibilidade e especificidade. Essas três propriedades afetam quando o exame “acerta” ou “erra”. As configurações de ciclo, enzimas e temperaturas no teste RT-PCR podem diminuir a especificidade, afetar o limite de detecção e dar falso negativo. Por fim, a parte pré-analítica pode diminuir a qualidade da amostra dificultando a detecção. Laboratórios com certificações e acreditações tem chance maior de acertar o exame.
Como é feito o teste de dengue? Há mais de um? Existe a possibilidade de um falso negativo? Se sim, por que isso acontece?
GA: O padrão é procurar o vírus da dengue ou os anticorpos gerados contra ele no sangue. Situações especiais usam outros fluídos do corpo como saliva, sêmen, urina, líquor ou líquido amniótico. Tem mais de um tipo de exame e cada exame funciona bem em uma fase da doença. Como todo teste tem um limite de detecção, uma sensibilidade e uma especificidade, há uma chance pequena de falsos negativos, mesmo usando o teste correto de cada fase da doença.
Além dos três motivos citados acima e dos fatores pré-analíticos, analíticos e pós-analíticos, até a temperatura de armazenamento do sangue coletado pode afetar o teste. A ciência está em constante melhoria e os testes são otimizados ano a ano para ficarem mais efetivos, acertando quando tem e quando não tem a doença.
Por que alguns pacientes mesmo tendo todos os sintomas clássicos, característicos de dengue, testam negativo para a doença?
GA: Isso ocorre por causa das fases da doença e do uso correto dos testes para cada fase. Vale alertar que outros exames, que não medem diretamente o vírus, ajudam no manejo clínico do paciente que tem dengue, mas o teste deu negativo. O conjunto de sinais e sintomas podem determinar a suspeita de dengue mesmo se um teste der resultado negativo. Existem sinais de alarme e gravidade característicos da dengue, além da sazonalidade. É possível determinar dengue pelos testes laboratoriais ou pelo chamado “vínculo clínico-epidemiológico”.
Existe a possibilidade desse paciente que testou negativo ter contraído uma carga viral menor da doença?
GA: Sim, é possível. Cada pessoa tem uma constituição genética e fatores ambientais, como nutrição e o histórico de outras doenças, aliados à presença de anticorpos gerada por infecções anteriores do mesmo subtipo de dengue, pode levar à diminuição mais rápida da viremia. Na maioria dos casos, na segunda infecção por dengue do mesmo subtipo, os anticorpos IgG e IgM atacam o vírus rapidamente, sendo o período e a quantidade de viremia menor.
Em casos raros, a cada nova infecção a saúde da pessoa fica mais comprometida. E, dependendo da saúde no momento da próxima infecção com a dengue, o cenário pode piorar muito. Plaquetas baixas ou imunidade baixa por outras doenças ou medicamentos pode agravar o caso e prolongar a viremia em tempo e em quantidade da carga viral.
Qual a orientação para os pacientes que testaram negativo mas apresentam todos os sintomas da doença?
GA: A orientação é procurar as unidades de saúde para avaliação do vínculo-epidemiológico que determina dengue. Outros exames podem determinar a suspeita de dengue e, até mesmo, classificar o grupo de estadiamento (A, B, C ou D), que vai do mais leve até o mais grave. No Brasil existem unidades de saúde especializadas e as tendas para atendimento inicial. Casos graves tem manejo clínico específico e monitoramento constante para evitar falecimento.
É possível que existam ainda mais casos de dengue do que foi notificado por conta dessa testagem negativa?
GA: Sim. Além dos casos falso-negativos existem os portadores assintomáticos, que podem transmitir o vírus mesmo sem ter sintomas. Além do período da história natural de toda doença, quando já aconteceu a infecção, quando as alterações fisiológicas e bioquímicas que permitem detectar sinais e sintomas estão baixas. Resumo: quando está bem no início da infecção.
Quais os perigos do autodiagnóstico de dengue ou de um paciente que, por conta do teste negativo, acredita que não contraiu a doença?
GA: O autodiagnóstico é perigoso porque toda infecção por dengue gera perda de líquido dos órgãos e essa perda é mais comum que a hemorragia, podendo agravar. O autodiagnóstico não consegue avaliar o corpo no nível que os exames de sangue fazem. Além disso, há grupos de risco: pessoas com situações específicas ou doenças que, se contraírem dengue, tem chance maior de evoluir para casos graves.
Tanto o exame de sangue quanto o exame clínico permitem avaliar a gravidade da doença pelos sinais de hemodinâmicos no início do agravamento, podendo agir para evitar. Enquanto o autodiagnóstico não abarca todas as possibilidades e a doença pode evoluir até causar danos irreparáveis, quando a pessoa perceber que está com sinais críticos, pode ser tarde demais.
Grupos, coletivos, produtores e artistas interessados podem se inscrever pelo Mapa Cultural para participar do evento, que este ano acontece de 10 a 21 de junho e tem como tema central “Acesso e futuro para as diversidades”
O XV Festival de Teatro de Fortaleza (FTF) está com inscrições abertas até o próximo domingo, dia 5 de maio. O evento, que acontecerá de 10 a 21 de junho deste ano, é realizado pela Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), em parceria com o Teatro Novo. Edital e formulário estão disponíveis na plataforma do Mapa Cultural (https://mapacultural.secult.ce.gov.br/oportunidade/5163 ) para grupos, coletivos, produtores e artistas de Fortaleza interessados em participar.
Serão selecionados trabalhos teatrais de qualquer temática, inéditos ou não, realizados por artistas, grupos, companhias ou coletivos de teatro.
Além das apresentações teatrais e performances, o festival também oferecerá atividades como ações formativas, seminário, intercâmbios, lançamentos literários, feira da economia criativa e encontros afetivos que visam promover o diálogo e a troca de experiências entre artistas, grupos, produtores, profissionais da cultura e o público em geral. Toda a programação será gratuita!
Sobre o Festival
Consolidado no calendário cultural da cidade, o Festival de Teatro de Fortaleza recebeu, ao longo de 14 edições, artistas e grupos com linguagens e formatos diferentes, que ocuparam teatros, praças e espaços alternativos da capital, criando um verdadeiro mosaico de cores e talentos. Em sua 15ª edição, o FTF tem como tema central “Acesso e futuro para as diversidades”, visando promover ainda mais a inclusão, o acesso igualitário à arte e garantir um espaço para a expressão de todas as vozes e identidades, celebrando, assim, a riqueza da diversidade cultural por meio das artes da cena.
Durante 12 dias, o público poderá desfrutar de uma programação diversificada, com peças teatrais de diferentes gêneros, estilos e abordagens, apresentadas por grupos de Fortaleza. A ideia é promover a inclusão e celebra a riqueza da diversidade cultural por meio das artes da cena.
SERVIÇO
XV Festival de Teatro de Fortaleza
Data: 10 a 21 de junho de 2024
Convocatória: prorrogada até 5 de maio.
Informações: curadoria.xvftf@gmail.com.
Inscrição: https://mapacultural.secult.ce.gov.br/oportunidade/5163
Rede Social: @festivaldeteatrofortaleza
Estão abertas as inscrições para o II Congresso de Gestão Jurídica do Nordeste, que será realizado em Fortaleza, entre os dias 19 a 21 de junho de 2024, no Teatro do Shopping Riomar Fortaleza. O evento, conduzido pela empresa especializada em Consultoria e Eventos Jurídicos – Lawe, reunirá profissionais do Direito de todo o Nordeste para discutir as últimas tendências da área, com foco em inovação, tecnologia e comunicação assertiva.
Os valores do 1º lote são de R$ 150 para estudante de graduação; R$ 300 para advogados que tenham de um a cinco anos de inscrição na seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a qual o profissional está inscrito; e de R$ 400 para os inscritos na OAB com mais de cinco anos.
Os interessados em participar do Congresso podem se inscrever através do link: https://www.sympla.com.br/evento/ii-congresso-de-gestao-juridica-do-nordeste/2285531
Sobre o Congresso Gestão Jurídica do Nordeste
A segunda edição do II Congresso de Congresso Gestão Jurídica do Nordeste, será realizada entre os dias 19 a 21 de junho no Teatro do Shopping Riomar Fortaleza. Entre os nomes confirmados, estão Alexandre Secco, jornalista e advogado especializado em marketing jurídico e comunicação estratégica, Ísis Fontenele, Consultora Organizacional para escritórios e departamentos jurídicos pela IF Consultoria, Sérgio Fadel, especialista em Marketing, eventos e gestão para escritórios de advocacia e Paulo Samico, Gerente Jurídico especialista em contratos, compilance e consultoria jurídica, dentre outros. Mais informações podem ser adquiridas no https://www.gestaojuridicanordeste.com.br/.
No livro “Todas as minhas mortes”, Paula Klien apresenta uma narrativa visceral que retrata todas as vezes em que precisou renascer
Com honestidade, crueza e toques sutis de humor, a artista Paula Klien adentra as profundezas da existência feminina no livro Todas as minhas mortes. Neste romance de autoficção, publicado pela Citadel Grupo Editorial, a autora dissolve a fronteira entre realidade e fantasia, ao entrelaçar vivências reais com as nuances da própria imaginação. É sob a voz narrativa ambivalente da protagonista Laví (abreviação de la vie ― ou a vida em francês) que o leitor será conduzido a uma viagem pelas águas turvas da subjetividade humana.
Ousada, determinada e questionadora, a personagem subverte as convenções sociais. As vivências íntimas e visceralmente humanas da personagem provocam sentimentos e reflexões sobre temas relacionados à sexualidade, amadurecimento e maternidade. Entre o prazer e a dor, a protagonista expõe com honestidade suas forças e fraquezas para mostrar todas as vezes que precisou morrer para renascer – como uma fênix – até, finalmente, realizar o sonho de carregar um filho nos braços.
Eu esgotaria as forças pelo ser que me escolheu para
– tal qual o Big Bang – expandir do nada um universo inteiro em mim.
Eu me esvaziaria inteira para bem conduzir quem colocou limite nos saberes
do mundo e calou a ciência. Eu iria até o fim de todas as linhas com ele,
e simplesmente com ele: com o mais desejado dos filhos.
(Todas as minhas mortes, pg. 142-143)
Capítulo a capítulo, Paula Klien narra uma fase na vida de Laví e a cada ciclo, uma montanha-russa de emoções, pensamentos e sensações toma conta do leitor, que facilmente se identifica com o personagem. Hora em êxtase, hora em agonia, a narradora evidencia que, assim como ela, ninguém é bom ou mau o tempo todo. Ela traz as múltiplas camadas e nuances da existência humana, do primeiro grito ao último suspiro.
Com uma escolha cuidadosa das palavras e evocando os espíritos de grandes pensadores como Nietzsche, Espinosa e Lacan, a escritora traz para a literatura, além de bagagem como artista multifacetada, elementos da psicanálise e da filosofia. Todas as minhas mortes é uma narrativa repleta de simbolismos, metáforas mas também subjetividade, pois assim como a vida, essa será uma leitura única para cada um.
FICHA TÉCNICA
Título: Todas as minhas mortes
Autora: Paula Klien
Editora: Citadel Grupo Editorial
ISBN: 978-6550474140
Dimensões: 13.5 x 1.2 x 21 cm
Páginas: 176
Preço: R$ 64,90
Onde comprar: Amazon
Sobre a autora: Paula Klien nasceu no Rio de Janeiro em 1968. É artista plástica contemporânea com significativa projeção internacional. Embora utilize técnicas ancestrais na criação de seus desenhos e pinturas, ela foi pioneira em Cripto Arte e NFT (token não fungível). Artista multidisciplinar e diretora criativa de vanguarda, também trabalha com performance e vídeo, servindo-se de recursos de sua bagagem, como dança e música. Além disso, foi fotógrafa por dez anos, realizando trabalhos culturalmente relevantes. Muitas de suas obras visuais integram acervos de museus e importantes coleções. Embora tenha estudado Direito, Paula desistiu da carreira jurídica. A escrita é uma paixão antiga, e Todas as minhas mortes marca o lançamento da artista no universo literário.
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