5 influencers que te ajudam a ter autoconhecimento e melhorar a autoestima

Apesar de serem temas aparentemente muito debatidos, estudos mostram que abordar assuntos relacionados ao autoconhecimento e a autoestima ainda é fundamental, especialmente para as mulheres.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Kantar, ligado ao Ibope, 20% das mulheres brasileiras sofrem com a autoestima baixa. Os números mostram que uma parcela significativa da população corre o risco de desenvolver dificuldades sociais e doenças mentais desencadeadas pela baixa autoestima, como isolamento social, transtornos alimentares, depressão e ansiedade.

Bota um cropped: Conheça os pilares da autoestima

Apesar da importância do tema, muita gente ainda não sabe como cultivar a própria autoestima. Na internet, o meme “reage, bota um cropped”, fez sucesso nas redes sociais por empoderar as mulheres, fazendo com que elas coloquem a sua melhor roupa, usem anéis e colares que façam com que elas se sintam bonitas. No entanto, o desenvolvimento de uma nova visão sobre si mesma passa outras muitas questões. 

Para ajudar a resolver esse problema, as psicólogas alemãs Friederike Potreck-Rose e Gitta Jacob desenvolveram uma abordagem psicoterapêutica que ficou conhecida como “Os 4 pilares da autoestima”, que podem ser resumidos da seguinte forma.

  • Autoaceitação: se respeitar e adotar uma postura mais positiva em relação a si mesmo;
  • Autoconfiança: se refere a uma postura mais confiante em relação às suas próprias capacidades, desempenho e resiliência para enfrentar dificuldades;
  • Competência social: capacidade de fazer contatos, lidar com relacionamentos e ser capaz de sentir as consequências sociais dos seus próprios atos;
  • Rede social: habilidade de manter uma relação positiva com outras pessoas, como familiares, amigos e parceiros.

Segundo as psicólogas alemãs, o desenvolvimento desses pilares é essencial para construir uma autoestima positiva e melhorar a qualidade de vida de um indivíduo. Porém, para isso acontecer, é necessário seguir alguns passos.

Cuidado com a armadilha da comparação das redes sociais

Considerado um dos grandes males do mundo contemporâneo, diversos estudos apontam que o hábito da comparação, especialmente daquela resultante do contato com as redes sociais, é responsável por provocar vários problemas graves de saúde.

De acordo com um estudo publicado na revista científica Jama Pediatrics, o aumento de tempo nas redes sociais e na televisão está ligado ao desenvolvimento de sintomas de depressão em jovens de 12 a 16 anos.

Para os autores do estudo, a comparação excessiva com posts no mundo virtual pode explicar os problemas de autoestima e saúde mental entre jovens e adolescentes.

Esses dados apenas aumentam o número de estudos que associam problemas relacionados ao distúrbio de imagem, transtornos alimentares e doenças mentais à comparação excessiva, estimulada principalmente pelas redes sociais. Infelizmente, problemas têm afetado pessoas de todas as idades.

Para fugir desse comportamento destrutivo, o primeiro passo é entender que as redes sociais mostram apenas um recorte da realidade e que nem sempre mostram a verdade.

Por isso, ao invés de se comparar com vidas, corpos e relacionamentos aparentemente perfeitos, é importante olhar para si mesmo.

Afinal, a jornada de desenvolvimento pessoal e profissional é algo individual. Portanto, uma pessoa só pode se comparar consigo mesmo no passado, não com outras pessoas.

Além disso, é essencial compreender que as pessoas têm qualidades, defeitos e limitações diferentes. Portanto, não faz sentido se comparar com alguém diferente de você mesmo.

Para mudar esse pensamento, uma das dicas práticas mais importantes é se cercar de pessoas que estimulem a busca pelo autoconhecimento e a autoestima. Isso serve tanto para relacionamentos reais, quanto para influencers na rede social.

Seguir e acompanhar pessoas que estimulam o seu melhor é a forma mais fácil de se aceitar e trabalhar pelo seu próprio desenvolvimento.

5 influenciadoras que te inspiram a buscar o autoconhecimento e a autoestima

Embora as redes sociais sejam associadas ao desenvolvimento de problemas de saúde mental, elas também podem ser aliadas na busca pelo autoconhecimento e a autoestima. Tudo depende da forma que as redes sociais são utilizadas.

Acompanhar o trabalho das influencers citadas abaixo, por exemplo, pode fazer a diferença busca pela autorreflexão e o amor-próprio

1- Juliana Goes

Foto/Reprodução: Instagram

Mais do que uma influencer, a jornalista Juliana Goes é uma empresária de sucesso na área de bem-estar. No início da sua carreira na internet, a santista se dedicava a compartilhar dicas de moda e beleza, mas tudo mudou em 2016.

Após se casar e passar por outras transformações internas, a influencer decidiu que era hora de mudar o foco no seu conteúdo. Junto com seu marido, o dinamarquês Christian Wolthers, conhecido como Crica, Juliana lançou um aplicativo de meditação, pilates e yoga disponível em três idiomas.

O lançamento do app refletiu as mudanças que a jornalista desejava na sua própria vida e que também impactaram no seu conteúdo.

Embora temas como moda e beleza ainda sejam pauta do seu trabalho, atualmente seu foco é abordar temas relacionados ao autocuidado e a família, de forma positiva para levar seus seguidores a refletir sobre questões que impactam na autoestima e no despertar da própria consciência.

Recentemente, a influencer também lançou o podcast “Reencontro”, no qual também aborda temas importantes para cultivar o autoconhecimento e o amor-próprio.

2- Ju Romano

Foto/Reprodução: Instagram

A jornalista e influencer Ju Romano é uma das principais referências brasileiras quando o assunto é moda plus size e body positive, movimento que prega a aceitação do próprio corpo.

Trabalhando na internet desde 2008, quando criou o blog “Entre Topetes e Vinis”, durante muito tempo Ju Romano foi a única referência em moda e estilo plus size, nicho que só ganhou mais força recentemente.

Por conta do seu trabalho, ela influenciou milhares de adolescentes e mulheres a se sentirem bem consigo mesmas e a cultivarem sua autoestima, independentemente do tamanho da sua roupa. Tudo isso sem ter vergonha de vestir e ser o que quiser. Afinal, a moda é para todas.

3- Joana Cannabrava

Foto/Reprodução: Instagram

A influenciadora digital Joana Canabrava coleciona experiências e reflexões para compartilhar. Ela começou sua carreira na internet em 2010, quando criou o blog Futilidades.

Naquela época, a carioca já compartilhava textos relacionados à autoestima e questionamentos de padrões de beleza. Porém, o foco do blog ainda era beleza e lifestyle.

Cada vez mais interessada em tratar de assuntos como autoconhecimento e auto aceitação, Joana resolveu dar um novo passo e apostar num novo projeto: o Papo Sobre Autoestima. Criado em 2017, o projeto começou como blog em parceria com sua amiga Carla Paredes.

Hoje, as amigas compartilham uma verdadeira rede de acolhimento, composta por redes sociais, eventos e podcasts, em que discutem temas que ajudam mulheres de todas as idades a se aceitarem como são e não se curvarem aos padrões impostos pela sociedade.

4- Mirian Bottan

Foto/Reprodução: Instagram

A jornalista Mirian Bottan já foi uma vítima da pressão excessiva pela busca do corpo perfeito e de uma beleza impossível de ser alcançada.

Por causa disso, a paulista conviveu dos 13 aos 28 com diversos transtornos alimentares, como bulimia, anorexia, compulsão e até ortorexia, transtorno no qual a pessoa busca de forma excessiva por alimentos considerados saudáveis.

Após tantos anos de sofrimento físico e emocional, Mirian finalmente percebeu que não seria feliz se continuasse nesse caminho. Foi nesse momento que ela decidiu que era hora de mudar.

Decidida a mudar de vida, Mirian resolveu compartilhar sua jornada de superação nas redes sociais.

Hoje, a jornalista compartilha ensinamentos sobre saúde mental e alerta seus seguidores sobre comportamentos e crenças que podem evoluir para transtornos alimentares. Dessa forma, Mirian contribui para o debate sobre autoaceitação, autoimagem e amor-próprio.

5- Fernanda Angelini

Foto/Reprodução: Instagram

Além de ser empresária e criadora de conteúdo digital, Fernanda Angelini é psicóloga clínica formada pela Universidade de Brasília.

A especialista em saúde mental só começou a investir na produção de conteúdo para as redes sociais durante a pandemia.

Graças ao seu estilo irreverente, postagens cheias de conteúdo e um modo diferente e muito criativo de abordar temas sérios, o perfil de Fernanda cresceu rapidamente.

Hoje, a psicóloga é considerada referência quando o assunto é conteúdo sobre saúde mental e desenvolvimento para pessoas de todas as idades.

Por isso, quem segue Fernanda Angelini, Mirian Bottan e as demais influenciadoras tem a segurança de consumir um conteúdo que promove o autoconhecimento e amor-próprio. Dessa forma, fica muito mais fácil lutar contra os males que derrubam a autoestima.

Postagens Relacionadas