O Projeto Escola de Mulheres Eletricistas, uma colaboração entre a Enel Ceará e o SENAI Ceará, foi selecionado no edital promovido pela Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol). O projeto destaca a igualdade de gênero, um dos pilares do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), que visa promover a inclusão e a equidade na comunidade escolar.
Apenas três projetos focados em diversidade, descarbonização e uma transição energética justa com ênfase na equidade de gênero foram selecionados para serem divulgados no evento “Elas Conectam”, que acontecerá na Intersolar South America 2024, a maior feira de energia solar da América Latina.
O edital tem como objetivo incentivar e convidar empresas a compartilhar suas melhores práticas sobre diversidade e equidade de gênero no setor de energia e áreas correlatas. Também promove o debate sobre iniciativas existentes no Brasil relacionadas à inclusão nas empresas do setor energético e a importância dessas medidas para a descarbonização.
O SESI e o SENAI Ceará têm oferecido turmas exclusivas para mulheres, além de palestras, workshops e outras ações voltadas para a equidade em diversas áreas. O Diretor Regional do SENAI e Superintendente do SESI, Paulo André Holanda, tem incentivado essas iniciativas em todas as unidades.
“Na área de energia, ações como essa são fundamentais, pois é um setor predominantemente masculino. Precisamos incentivar as mulheres para que elas possam ser inseridas nesse mercado de trabalho, que é tão pujante em nosso país”, afirma Isabela Maciel, assessora do SENAI para Transição Energética.
Sobre o Projeto Escola de Mulheres Eletricistas
Até o momento, 102 mulheres foram qualificadas pelo projeto. As aulas são ministradas por docentes do SENAI Ceará e da Enel e incluem 376 horas de conteúdo sobre rede de distribuição elétrica aérea; norma reguladora 10 básica e complementar; norma reguladora 35 e desenvolvimento humano.
O projeto visa o desenvolvimento social e econômico através de oficinas de empregabilidade, inserção no mercado de trabalho e acompanhamento profissional, promovendo a inclusão e valorização das mulheres em um setor ainda predominantemente masculino.
“Falar da Escola de Mulheres Eletricistas é falar de amor, garra, força e, acima de tudo, realização de sonhos. Vivemos em uma cultura que muitas vezes não reconhece a mulher como protagonista de sua própria vida. Este projeto fortalece a ideia de que o lugar da mulher é onde ela quiser, mostrando que elas podem subir em postes e executar trabalhos em redes energizadas com qualidade e segurança”, conclui Anacleta Oliveira, gestora de treinamentos na ENEL Ceará.