Luz, câmera, ação: Victor Alen narra sua trajetória no cinema e revela bastidores dos filmes Cabra da Peste e Bem-vinda a Quixeramobim

Tendo brilhado nos palcos com apresentações de Stand Up comedy com os espetáculos “Orelha em Pé” e “Sou Todo Ouvidos”, Victor Alen também já protagonizou trabalhos em projetos memoráveis do cinema. Como ator, teve participações em “Cine Holliúdy 2”, “Cabras da Peste” e “Bem-vinda a Quixeramobim” (Netflix).

Em “Cabra da Peste”, Victor Alen vivenciou o papel do policial Toninho, na pequena delegacia de Guaramobim, cidade fictícia do interior do Ceará. Para garantir sua participação no filme produzido pela Netflix, o artista teve que se adaptar a uma nova rotina. “Mudei meus hábitos alimentares e peguei pesado: pratiquei musculação e Crossfit e em poucos meses perdi 10 quilos, o suficiente para atuar no Cabra da Peste”, revelou.

Além da preparação física e da educação alimentar, Victor Alen aproveitou para frisar a importância do “Cabra da Peste” como forma de animar o público em um momento difícil para a população como foi a pandemia da Covid-19. “Foi bom termos nos doado para apresentar ao público um filme que trouxe um pouco de divertimento e alento num momento tão delicado pelo qual passamos. O povo curtiu em casa o melhor do humor brasileiro”, ressalta o ator.

Lançado em março de 2021, “Cabra da Peste” foi um sucesso no Brasil e no mundo: segundo levantamento da plataforma de streaming Netflix, esse gênero de filmes conhecido como buddy cop,  chegou a liderar o ranking do número dos mais assistidos no Brasil e ficou bem colocado em países como Espanha, Portugal e Luxemburgo.

Já no filme “Bem-vinda a Quixeramobim”, a gravação exigiu sacrifício ainda maior. As cenas, filmadas em Quixadá, no Sertão Central do Ceará, foram captadas durante a Pandemia da Covid-19. Foram dias de isolamento, com testagens diárias. “Fiquei isolado por 4 dias e em todos os momentos tive que fazer testes RT-PCR e aquele teste rápido para evitar qualquer risco de contaminação”, comenta Victor. 

Na obra, o ator interpretou um frentista e teve de se “banhar” todo de álcool como parte da maquiagem para exercer a função. “Todo mundo estava equipado com máscara e face-shield e eu estava banhado de álcool e não podia podia nem pegar na pele, senão a produção no meu corpo já era e aí teríamos mais trabalho”, revela. 

Victor Alen aproveita para falar sobre os bastidores das gravações audiovisuais. “É muito comum soltar uma piada e todo mundo querer rir, mas não podemos fazer isso. No Cabra da Peste, a Valéria fez uma cena de improviso que fugiu do roteiro, bem cômica, e nós fomos gravar e quando o diretor gritou ‘corta!’ todo mundo (atores, diretores e cinegrafistas) se ‘mijou’ de tanto rir”, comenta. 

Por falar em equipe, Victor faz questão de ressaltar a importância do entrosamento para obter sucesso. “A captação de imagens de um filme conta com vários profissionais e para o resultado sair positivo o entrosamento é essencial. Quando todos se entendem e estão unidos em prol de um objetivo, fica mais fácil entregar um produto de alto nível na tela do cinema e o público adora”, complementa.

Mas como surgiu a oportunidade de atuar nesse setor? Alen explica que a paixão pelo cinema surgiu quando o ator ainda era criança e, diferente de muitos, o interesse principal era atuar nos bastidores, como diretor. “Eu assisti aos bastidores do filme do Senhor dos Anéis e essa função era o que mais me chamava atenção”.

A  visão do artista sobre a arte do cinema mudou quando o ator entrou no mundo da comédia. O cineasta Halder Gomes estava acompanhando um dos seus espetáculos e o chamou para conversar, quando surgiu o convite. “O Halder Gomes me perguntou em um dos espetáculos: Victor, quantos por cento você consegue ficar mais feio. Halder, para feiura, o céu é o limite. Segui as recomendações, deixei o meu cabelo crescer e aí surge a minha participação no Cine Holliúdy 2. A cena foi super engraçada e, com ela, consegui cravar o meu espaço”, diz Alen.

Para finalizar, Victor Alen diz que pretende continuar atuando no ramo cinematográfico. “O mundo das artes cênicas apareceu para mim como uma maneira de eu poder fazer o que eu mais gosto, que é fazer as pessoas rirem, em outro cenário: o cinema. Então, seguirei atuando, pois quanto mais o público curte e se abre das minhas presepadas e da equipe, melhor me sinto”, salienta.

“A arte do cinema complementa o meu outro ramo de atuação, que é o stand up comedy”, disse Victor. 

Sobre o artista

Victor Alen é ator, locutor, improvisador, produtor cultural e comediante de Stand Up desde 2010. O artista formou, junto a outros comediantes, um dos primeiros grupos de Stand Up no Ceará.

Sua carreira decolou em 2015, quando lançou seu show solo “De Orelha em Pé”. Com mais de 100 mil espectadores em suas apresentações, Victor Alen se destaca no cenário humorístico brasileiro. Ele já passou pelos palcos dos mais famosos grupos de Stand Up do Brasil, como Comédia em Pé, Em Pé na Rede, Comédia Ao Vivo e Seleção do Humor.  Também obteve destaque em participações cinematográficas como em “Cine Holliúdy 2”, “Cabras da Peste” e “Bem-vinda a Quixeramobim” (Netflix). 

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