Notas Rápidas
O espetáculo gratuito é um convite para se libertar, sonhar e embarcar em sua própria jornada de transformação
A Tapera das Artes, espaço multifuncional que oferece cultura, educação e atividades integradas para crianças, adolescentes e jovens há 41 anos, promoverá, na sexta-feira, dia 22 de novembro, no Teatro da Tapera das Artes, em Aquiraz, o espetáculo Metamorfose, uma experiência poética e sensorial que transporta o público para um universo onde arte cênica, música, luz e formas visuais se fundem em uma dança hipnótica. Para assistir, o público deverá acessar a plataforma Sympla e adquirir seu ingresso gratuito. O espetáculo será apresentado em dois horários, às 15h30 e às 18h30.
Sob a luz negra, o palco torna-se um portal para dimensões ocultas, revelando camadas de significado e beleza surreal. Dividido em três atos – Fecundação, Gestação e Criação – o espetáculo conduz a plateia por cenas que simbolizam o ciclo de transformação e renascimento, explorando temas como a origem da vida, a busca pela liberdade e o poder do desejo criativo.
“Metamorfose nos remete ao mundo imaginário da vida, trazendo estética provocativa de estrema beleza, mas sobretudo a certeza de que tudo que se cria se recria, e que nossa mente tem o poder de ver para além dos olhos. É verdadeiramente instigante, imperdível esse espetáculo dirigido por CA CAU, que conseguiu ofertar um roteiro extremamente atraente e divertido para todos os públicos”, diz Ritelza Cabral, presidente do Conselho da Tapera das Artes.
Cada cena mergulha o espectador em um novo mundo: a “Árvore da Vida” revela segredos ancestrais; “Caminhando para o Infinito” desafia o tempo e o espaço; “Aos Olhos de Quem?” questiona a linha entre realidade e ilusão; “Saia da Prisão” celebra a explosão da liberdade; “A Serpente do Desejo” evoca forças primordiais e, finalmente, “É Hora de Voar” representa a culminação do ciclo de metamorfose.
“Com uma estética imersiva e uma trilha sonora pulsante, “Metamorfose” convida o público a participar de um rito de passagem – um convite para se libertar, sonhar e embarcar em sua própria jornada de transformação”, diz CA CAU, diretor geral e responsável pelo roteiro do espetáculo.
Saiba Mais
A Tapera das Artes é um espaço multifuncional que oferece cultura, educação e atividades integradas para crianças, adolescentes e jovens há 41 anos. A instituição desenvolve um trabalho modelo nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e São Paulo, atendendo aproximadamente 2.500 pessoas em 14 ateliês de artes. Para isso, emprega uma metodologia específica para promover a arte, em colaboração com escolas públicas, beneficiando famílias de baixa renda. Além disso, as iniciativas proporcionam oportunidades de profissionalização para os jovens envolvidos.
Serviço:
Espetáculo Metamorfose
Data: 22 de novembro, sexta-feira
Hora: 15h30 e 18h30Local: Teatro Tapera das Artes – R. Antônio Gomes dos Santos, s/n – Centro, Aquiraz – CE
Gratuito, via Sympla:
https://www.sympla.com.br/evento/metamorfose-15-30/2729600
https://www.sympla.com.br/evento/metamorfose/2729433
Professor de Medicina do CEUB destaca a relação do envelhecimento dos óvulos com os riscos associados à gestação
Com o protagonismo feminino em diversas áreas, muitas mulheres optam por adiar a maternidade para depois dos 40 anos. Subiu 65,7% o número de mulheres que decidiram engravidar após essa idade na última década, enquanto a faixa dos 30 a 39 anos registrou aumento de 19,7%, de acordo com o IBGE. Bruno Ramalho, especialista em reprodução humana e docente no Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica como o avanço da medicina pode auxiliar quem opta pela gestação em idade avançada.
A mulher já nasce com todos os seus óvulos, que vão envelhecendo com o passar do tempo. Assim, conforme explica o professor, no momento da ovulação, o óvulo selecionado sempre terá a idade da mulher que o ovulou. Até que, um dia, o estoque de óvulos acabará, quando vem a menopausa. “O envelhecimento dos óvulos impacta a fertilidade, pois os óvulos vão perdendo sua capacidade de serem fecundados e de gerar embriões com o número correto de cromossomos.”
Ramalho alerta que, em idades avançadas, podem ser mais frequentes as anomalias cromossômicas na prole, como aneuploidias, aborto espontâneo e óbito fetal. “As chances de conceber um bebê com alguma aneuploidia são estimadas em 1 entre 385 aos 30 anos, 1 entre 192 aos 35 e 1 entre 66 aos 40. Perceba que, em uma década, a chance aumenta 5 vezes”. Apesar dos riscos, os exames recomendados antes de uma gravidez após os 40 são semelhantes aos de mulheres mais jovens.
Mesmo que a gravidez natural seja possível em várias idades, o período para avaliar a infertilidade deve ser reduzido em alguns casos para não desperdiçar “um tempo precioso”, explica Ramalho. Embora não existam protocolos específicos para quem quer engravidar em diferentes faixas etárias, o especialista detalha: “O que muda é o período de espera antes de investigar. Para mulheres com menos de 35 anos, o recomendado é tentar por um ano antes de procurar avaliação. Entre 35 e 39 anos, o tempo reduz para seis meses. A partir dos 40, a investigação deve ser imediata”.
Técnica de reprodução humana
Para mulheres acima dos 40, Bruno garante que fertilização in vitro (FIV) é o tratamento com maior probabilidade de sucesso e pode ser considerada a análise genética pré-implantação para detectar aneuploidias nos embriões. “O uso da técnica deve ser individualizado, mesclando aspectos clínicos e expectativas das pessoas envolvidas”.
O professor indica às mulheres buscar acompanhamento e suporte médico adequados, mantendo o equilíbrio entre os avanços técnicos e as expectativas das futuras mães. “Hoje, a fertilização in vitro é a técnica com maior chance de levar ao bebê em casa. Isso vale para qualquer idade, mas, novamente, quanto mais jovem, maior a chance de o tratamento dar certo”, considera.
Psiquiatra do CEUB aponta como o machismo leva ao adiamento de diagnósticos, perpetuando ciclo de negação e procrastinação do cuidado médico
Criado a partir da combinação das palavras moustache (bigode) e November (novembro), o movimento global Movember reforça como a saúde mental masculina pode interferir no combate ao câncer de próstata e testículo. Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), alerta sobre o impacto fisiológico e psicológico do estigma em torno da masculinidade no diagnóstico e o tratamento de doenças – que pode prolongar o sofrimento e elevar as taxas de mortalidade.
A cultura de honra, marcada pela valorização da força e da autossuficiência, é um obstáculo. Segundo Benevides, muitos homens evitam consultar médicos de todas as especialidades ou realizar exames preventivos, pois consideram que isso os torna vulneráveis ou frágeis. “Essa relutância está enraizada no machismo, que valoriza o autocontrole e a resistência física. A mentalidade dificulta que eles aceitem procedimentos de rastreamento, o que é alarmante em relação ao câncer de próstata, uma das doenças que mais matam homens no Brasil”, destaca.
O docente do CEUB destaca que essa barreira emocional se agrava por envolver o exame de toque, que “carrega um peso simbólico por ser considerado uma invasão à identidade masculina”. No entanto, a falta de diagnóstico precoce significa um custo alto para a saúde do homem. “Quando o câncer de próstata é detectado nos estágios iniciais, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores. Mas a resistência com os exames preventivos atrasa o diagnóstico, o que pode levar a piores desfechos clínicos e comprometer a qualidade de vida dos pacientes”.
Outro fator preocupante é o medo de que o tratamento do câncer de próstata comprometa a função sexual. No entanto, o psiquiatra alerta para o impacto psicológico dessa decisão: “A percepção de que o tratamento pode afetar a virilidade é uma das principais razões para a recusa ao diagnóstico. A ideia de masculinidade está, muitas vezes, intimamente ligada à sexualidade, o que faz com que muitos homens prefiram correr o risco de complicações graves a encarar um tratamento que eles associam a uma ameaça à sua identidade masculina”.
Apoio psiquiátrico e psicológico
De acordo com Lucas Benevides, o medo sentido pelo homem também leva a altos níveis de ansiedade e estresse antes dos exames, o que contribui para o adiamento do diagnóstico, perpetua o ciclo de negação e procrastinação do cuidado médico. Campanhas que promovem a prevenção do câncer de próstata e abordam temas de saúde mental masculina ajudam a superar esse estigma, sendo os apoios psiquiátrico e psicológico indispensáveis.
O psiquiatra sugere que psicólogos adotem abordagens terapêuticas específicas para ajudar homens a lidar com o impacto psicológico do tratamento, especialmente no que tange à função sexual. Com os avanços na medicina, técnicas menos invasivas são adotadas, como a cirurgia robótica, que minimiza o impacto físico e psicológico do tratamento. Segundo Benevides, essas alternativas permitem preservar melhor a função sexual e a imagem corporal dos pacientes, reduzindo a sensação de ameaça à masculinidade.
No âmbito da saúde mental, técnicas de enfrentamento como mindfulness e a participação em grupos de apoio podem ser eficazes para ajudar os homens a lidar com o medo e a ansiedade antes e depois do diagnóstico. “Quebrar tabus em torno da masculinidade é mais do que uma questão de redefinição cultural: é um ato necessário para promover uma saúde mais inclusiva e prolongar a vida daqueles que hesitam em buscar o cuidado de que tanto precisam”, arremata o professor.
Raio-X do Câncer de próstata no Brasil
No Brasil, o câncer de próstata representa 29% dos casos da doença, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2023, foram 70 mil novos casos e 17 mil óbitos pela doença no país, ressaltando a importância de iniciativas que promovam a conscientização e o diagnóstico precoce.
Chuvas aumentam a condutividade das altas descargas elétricas dos postes, fios e estruturas metálicas, afirma especialista do CEUB
Com as chuvas, aumentam os riscos de choques elétricos em áreas urbanas, devido ao contato com fios energizados. Somente em 2023, foram 2.089 acidentes elétricos e 781 mortes, envolvendo choques, incêndios e raios, segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos de Eletricidade. Luciano Duque, professor de Engenharia Elétrica do Centro Universitário de Brasília (CEUB) alerta para a atenção redobrada e indica como prevenir acidentes com fios ou postes de energia no período.
Confira entrevista, na íntegra:
Quais são os principais riscos de postes eletrificados em áreas residenciais, especialmente em dias de chuva?
LD: O risco de postes eletrificados é o risco de choque elétrico e ele aumenta muito no período de chuva. Isso porque a condutividade da corrente é muito maior, e, ao encostar em um poste eletrificado, a pessoa recebe uma descarga. O risco de postes eletrificados é grave e pode resultar em fatalidades.
De que forma o roubo de cabos de energia aumenta o risco de choques elétricos nos postes?
LD: Muitas vezes, o roubo de cabos elétricos ou atos de vandalismo trazem riscos adicionais para a população. Às vezes, quem provoca esse dano não leva todo o cabo e parte dele fica energizada, podendo encostar em algum poste ou outra estrutura metálica. Esses atos de vandalismo ou roubo deixam partes energizadas expostas, podendo eletrificar o poste e causar choques elétricos em quem encostar.
Quais são os sinais de postes ou fios eletrificados para evitar acidentes?
LD: A população pode identificar um risco ao ver um cabo solto na rua ou no poste. Nesse caso, é importante acionar imediatamente a concessionária de energia da localidade. Mesmo que o cabo solto não pareça energizado, é preciso contatar essas empresas para avaliar a situação com segurança.
Quais são as medidas de segurança imediatas que uma pessoa deve tomar caso presencie alguém recebendo uma descarga elétrica de um poste?
LD: Se uma pessoa estiver sendo eletrocutada, a recomendação é não tocar nela diretamente, pois quem tenta ajudar pode acabar tomando choque também. A melhor opção é usar algum objeto que não conduza eletricidade, como um cabo de PVC ou uma vassoura seca, para afastar a vítima do ponto energizado. Nunca toque diretamente na pessoa, use sempre algo que seja isolante.
Por que a chuva aumenta o risco de acidentes com descargas elétricas?
LD: Sim, durante a chuva, o risco aumenta porque a resistência elétrica diminui. Se uma pessoa toca uma estrutura energizada com o solo molhado, a corrente flui com mais facilidade pelo corpo, aumentando o risco de morte. Essa redução na resistência elétrica afeta tanto a estrutura quanto o corpo da pessoa, facilitando o choque.
Que tipo de calçado ou equipamento de proteção seria recomendável para quem costuma caminhar em áreas onde há postes, especialmente em dias de chuva?
LD: Em dias de chuva, é aconselhável evitar caminhar perto de postes sem calçado adequado. O tênis pode oferecer alguma proteção, mas o ideal é não encostar em postes de iluminação ou energia, pois não sabemos se há falhas de manutenção que possam causar eletrificação.
Quais são as recomendações específicas para proteger crianças e animais de acidentes com eletricidade em espaços públicos?
LD: Em espaços públicos, é essencial supervisionar as crianças para que não toquem em postes de iluminação, pois o estado deles nem sempre é seguro. Em áreas como parques e quadras de esportes, deve-se exigir que as autoridades realizem verificações periódicas nas estruturas metálicas, especialmente escorregadores e equipamentos onde crianças brincam, para garantir que estejam livres de qualquer eletrificação acidental.
Quais medidas preventivas podem ser adotadas para reduzir o risco de choque elétrico em locais próximos a postes e fiações?
LD: Para reduzir os riscos, o ideal é que sejam feitas manutenções preventivas frequentes em aparelhos como postes de iluminação e equipamentos de playground. No caso dos postes de iluminação pública e de distribuição de energia, essas inspeções e reparos devem ser feitos tanto pela concessionária de energia quanto pela administração pública para prevenir acidentes.
Em caso de acidentes como esse, quais os primeiros socorros recomendados até que o socorro profissional chegue ao local?
LD: Ao presenciar alguém recebendo um choque, o primeiro passo é acionar o Corpo de Bombeiros. Até que a ajuda chegue, a massagem cardíaca e a respiração assistida, quando necessárias, podem ajudar a salvar a vida da pessoa afetada.
Para cientista político do CEUB, um dos principais feriados nacionais celebra a história da mudança do regime político e prova lições de cidadania
A Proclamação da República, celebrada no dia 15 de novembro, marca um dos momentos mais significativos da história do Brasil. Para além da troca de regimes – da monarquia parlamentarista ao período republicano presidencialista – simboliza a transformação na forma de governo, com impacto nas estruturas políticas nacionais e nos princípios que ainda hoje moldam o ideal de cidadania no Brasil. Cientista político e professor de Direito Constitucional do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Alessandro Costa detalha a importância do episódio para o país.
Apesar de ser feriado nacional, a Proclamação da República muitas vezes é confundida com o Dia da Independência, celebrado em 7 de setembro. Segundo Costa, os dois eventos são fundamentais, mas refletem momentos e objetivos históricos distintos: “A Independência, em 1822, simbolizou o grito de soberania do jovem Estado brasileiro, enquanto a Proclamação da República, em 1889, representou o rompimento com a monarquia e a redefinição da estrutura política. Ambos moldaram a formação da identidade nacional, mas a república buscava afirmar a figura do cidadão em substituição ao súdito do império.”
Segundo o docente do CEUB, a transição do status de súdito para cidadão brasileiro foi um processo que levou tempo e enfrentou inúmeras limitações. Embora a república representasse uma nova organização política, a estrutura da pirâmide social permaneceu praticamente inalterada. “As camadas mais baixas, compostas em grande parte por ex-escravos e seus descendentes, continuaram em posição desprivilegiada. Somente as oligarquias locais, as camadas mais altas da sociedade, inicialmente se beneficiaram, assumindo o poder e moldando o novo sistema político a favor de seus interesses próprios”, explica.
Após o ato da proclamação, o professor considera que o cenário começou a mudar à medida que o sistema republicano foi consolidando direitos e garantias para a população. Para Costa, a atual Constituição foi fundamental nesse processo, pois incorporou plenamente os direitos e garantias individuais dos cidadãos, ampliando a rede de proteção e assegurando a cidadania a todos os brasileiros. “A Constituição de 1988 cumpre esse papel ao consolidar direitos que, anteriormente, não tinham a mesma proteção e aplicabilidade”, ressalta o especialista.
Coisa pública
A título de curiosidade: do latim res publica, que significa “coisa pública”, a palavra República reforça a noção de que os bens e os interesses do Estado pertencem ao povo. Nesse sentido, o docente do CEUB salienta a importância desse princípio no texto constitucional. “Nossa Constituição deixa claro, no artigo 1º, que ‘todo o poder emana do povo’, o que fundamenta a noção de que o Estado deve satisfazer as necessidades de seus cidadãos, protegendo seus direitos fundamentais, como o direito à vida, à liberdade, à educação e à cultura”.
Sobre a ideia de ser um cidadão republicano, Alessandro explica que o conceito se baseia em indivíduos que acreditam na igualdade civil e no equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que atuam como contrapesos. “Ser republicano é respeitar os direitos de todos, acreditar na lei e na democracia, preservando a ética pública e os valores que fundamentam a república”, finaliza o cientista político.
“Uma década de fomento ao folclore e à cultura popular de todo o país, reunindo 4.000 artistas de diversas regiões e países e 150 grupos de projeção folclórica”
O Festival Internacional de Folclore do Ceará (FIFOLC) comemora 10 anos de fomento ao folclore e à cultura popular. E para celebrar, este ano, realiza uma edição dedicada especialmente aos Grupos Cearenses, como uma forma de reiterar o compromisso do Festival com a valorização da cultura e do folclore local. O evento acontece de 20 a 30 de novembro, em Fortaleza, Caucaia e Horizonte.
A programação, gratuita, contemplará escolas, instituições e equipamentos culturais. As apresentações ocorrem de forma itinerante em Fortaleza, Caucaia e Horizonte, sendo o Palco Principal no Anfiteatro do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, onde os grupos se apresentam de 21 a 23 de novembro. Além disso, contará com ações educativas, sociais e econômicas, por meio de vivências, intercâmbios, seminário, oficinas, rodas de conversa, além de uma exposição fotográfica em celebração às 10 edições já realizadas.
Ao todo, 10 grupos cearenses que participaram de edições anteriores se apresentam no Palco Principal: Grupo de Tradições Cearenses, Grupo Miraira, Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza, Grupo de Dança Tablado, Txai Cia de Danças Populares, Grupo de Tradições Folclóricas Raízes Nordestinas, Companhia de Ritmos e Danças Populares (Cordapes), Grupo Parafolclórico Fulô do Sertão, dentre estes o grupo homenageado desta edição, a Cia. de Dança Estrelas da Rua.
Um evento único de caráter nacional e internacional, exclusivamente, de danças de projeção folclórica, no Estado do Ceará. Ao longo de uma década, o Festival Internacional de Folclore do Ceará, juntou cerca de 4.000 artistas de diversas regiões e países, 150 grupos de projeção folclórica, 80 artesãos, 800 profissionais e um público aproximado de 40 mil pessoas.
O X Festival Internacional de Folclore do Ceará é uma promoção do Instituto União de Arte, Educação e Culturas Populares, com realização da Encena Produções em parceria com a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE).
Grupo Homenageado
A Cia de Dança Estrelas da Rua é fruto de um projeto social de dança que iniciou na década de 90 no jardim do Theatro José de Alencar, com meninos e meninas em situação de rua e vulnerabilidade social. Tornando-se, oficialmente, Cia. de Dança Estrelas da Rua em 2001. Desde então, desenvolve um trabalho de fortalecimento e difusão da cultura tradicional e popular.
Sobre o FIFOLC
Realizado de forma independente, o Festival Internacional de Folclore do Ceará nasceu do desejo de celebrar a identidade e a diversidade cultural do folclore brasileiro, buscando construir ações de reconhecimento, valorização e salvaguarda dessas manifestações que podem ser consideradas patrimônio cultural para seus povos. Possibilitar o acesso à cultura sob uma perspectiva plural, por meio de programação que envolve diretamente grupos de projeção folclórica do Ceará, regionais, nacionais e internacionais é outra razão de existência do FIFOLC.
Sons, movimentos, expressões, cores, diversidade cultural e acesso à cultura. É a partir dessas premissas e características multiformes que surge o Festival Internacional de Folclore do Ceará (FIFOLC). Essa iniciativa colocou em pauta a pluralidade das manifestações que compõem a cultura tradicional popular, sendo essa um espaço de partilha dos conhecimentos, dos ritos, das emoções, da ancestralidade e das memórias.
SERVIÇO:
X Festival de Folclore Internacional do Ceará – 2024
Data: 20 a 30 de novembro de 2024
Local: Fortaleza, Caucaia e Horizonte
Palco Principal: Anfiteatro do Centro Cultural de Arte e Cultura Dragão do Mar
Data: 21 a 23 de novembro
Acesso gratuito
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
20 de novembro (quarta-feira)
Abertura da Exposição: “10 anos de FIFOLC: Imagens de uma história”
Dias: 20 a 24 de novembro de 2024
Local: Espaço Mix do Centro Dragão do Mar
21 de novembro (quinta-feira)
Palco Cultura Popular
Horário: 19h
Local: Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Calé Alencar e Batucriolo – Homenagem aos Maracatus com as Calungas do Ceará
Cia de Dança Estrelas da Rua (Fortaleza/CE)
Companhia de Ritmos e Danças Populares – Cordapes (Fortaleza/CE)
Txai Cia de Danças Populares (Fortaleza/CE)
22 de novembro (sexta-feira)
Palco Cultura Popular
Horário: 19h
Local: Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Grupo Miraira (Fortaleza/CE)
Grupo de Dança Tablado (Fortaleza/CE)
Grupo de Tradições Folclóricas Raízes Nordestinas (Fortaleza/CE)
23 de novembro (sábado)
Palco Cultura Popular
Horário: 19h
Local: Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Balé Folclórico Arte Popular de Fortaleza (Fortaleza/CE)
Grupo Parafolclórico Fulô do Sertão (Senador Pompeu/CE)
Grupo de Tradições Cearenses (Fortaleza/CE)
24 de novembro (domingo)
Folclore Itinerante (Ação de Inclusão)
Horário: 15h
Local: Lar Três Irmãs
Grupo de Dança Tablado (Fortaleza/CE)
25 de novembro (segunda-feira)
Folclore Itinerante (Ação de acessibilidade)
Horário: 15h
Local: Associação dos Missionários Solidariedade – Lar Amigos de Jesus
Txai Cia de Danças Populares (Fortaleza/CE)
Horário: 18h
Local: Sede do Instituto Cai Cai Balão
Cia de Dança Estrelas da Rua (Fortaleza/CE)
26 de novembro (terça-feira)
Roda de Vivência/Oficina
Horário: 18h
Local: Sede do Grupo Terra da Luz
Cia de Dança Estrelas da Rua (Fortaleza/CE)
27 de novembro (quarta-feira)
Escola vai ao Teatro
Horário: 8h30
Local: Teatro do Dragão do Mar
Cia de Dança Estrelas da Rua (Fortaleza/CE)
28 de novembro (quinta-feira)
Folclore na Escola
Horário: 15h30
Local: Município de Caucaia
Companhia de Ritmos e Danças Populares – Cordapes (Fortaleza/CE)
29 de novembro (sexta-feira)
Folclore na Escola
Horário: 15h30
Local: Escola Professora Dione Bezerra Pessoa – Horizonte
Companhia de Ritmos e Danças Populares – Cordapes (Fortaleza/CE)
30 de novembro (sábado)
Seminário – “O Ceará e as políticas culturais: trajetórias, sujeitos e projetos”
Horário: 14h30 às 16h30
Local: Auditório do Dragão do Mar
Haverá transmissão ao vivo pelo canal no Youtube do Festival.
Toda a programação contará com intérpretes de LIBRAS.
O longa-metragem cearense “Mestras” volta a percorrer municípios do Interior neste mês de novembro, após estrear em Limoeiro do Norte, Umari, Canindé e Meruoca, em agosto. No dia 16/11, o filme que retrata os saberes e fazeres de cinco Mestras da Cultura Cearense será exibido em Tianguá. Em 23/11, a estreia será em Trairí. Ambas as cidades foram palco das locações da película, que tem entre as participantes Raimunda Lúcia Lopes, Mestra da Renda de Bilros do município de Trairí, e Expedita Moreira dos Santos, Mestra que coordena o grupo de Dança de São Gonçalo da Comunidade de Croatá, em Tianguá.
Além delas, fazem parte do documentário Lúcia Rodrigues da Silva, a Mestra Lúcia Pequeno, louceira de Limoeiro do Norte; Dina Maria Martins Lima, a Mestra Dina, vaqueira e aboiadora de Canindé; e Ana Soares de Sá Oliveira, a Mestra Ana da Rabeca, de Umari. Relatos das Mestras, depoimentos de familiares, amigos e expectadores dão um panorama da amplitude do trabalho dessas cinco mulheres, verdadeiras guardiãs da cultura cearense e nordestina.
“O documentário mostra histórias que nascem de mulheres fortes e talentosas, bem como a importância de preservar a cultura popular através de seus saberes e fazeres. Foram cinco mestras entrevistadas e voltar a essas cinco cidades, reencontrando-as, é uma experiência engrandecedora para a equipe”, afirma Emily Bernardo, integrante da produção de logística do projeto de distribuição do filme.
Luciana Tomaz, da equipe de produção do projeto de distribuição do filme, também descreve o prazer e a importância desse reencontro com as mestras e a divulgação da película em suas cidades de origem. “Está sendo incrível poder voltar aos municípios onde foram realizadas as gravações do filme, poder mostrar o trabalho feito a cada uma das mestras e das pessoas que foram entrevistadas, ver o brilho no olhar delas ao assistir ao filme. Tudo isso é muito gratificante, tanto pessoal quanto profissionalmente”, ressalta.
É justamente essa troca entre as Mestras da Cultura e a população local que irá nortear a estreia em Tianguá. Realizada no Sítio Croatá, a exibição será aberta pela Mestra da Dança de São Gonçalo com a roda de conversa “Mestres da Cultura: Guardiões da Tradição e Inspiração para o Futuro”. Na ocasião, Mestra Dona Expedita conversará com o público a respeito da transmissão de conhecimentos e do seu legado cultural. O evento contará com intérprete de Libras, garantindo acessibilidade.
Uma produção da RDT em parceria com a Narrativa Entretenimento, “Mestras” tem direção de Ana Patrícia dos Santos, roteiro de Renata Marques e produção de Ronis Tomaz. Contou com o envolvimento de cerca de 25 profissionais cearenses em sua produção, montagem e finalização. Contemplado com o XIV Edital Ceará de Cinema e Vídeo, da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), e com distribuição garantida por meio da Lei Paulo Gustavo, através do Edital de apoio ao Audiovisual Cearense – Difusão, Formação e Pesquisa, o longa tem duração de 1h16 e propõe um mergulho na vida dessas cinco notáveis mulheres, guardiãs da riqueza cultural do Ceará.
Serviço
Estreia do filme “Mestras” (1h16)
16/11 – Tianguá – Sítio Croatá, próximo à casa da Mestra Expedita – 17h
23/11 – Trairí (Timbaúba, Estrada de Canaã, em frente a Capela Nossa Senhora de Nazaré) – 19h30
O município de Itapipoca, localizado a 130 km de Fortaleza, será palco da etapa final da terceira edição do festival multicultural Mostra Território Inventivo. A programação acontecerá no dia 17 de novembro, a partir das 18h, na Praça do Residencial Vida Nova Vida Bela, no bairro Estação Júlio I. O público irá conferir espetáculos de artistas do município nas mais diversas linguagens – teatro, música, dança e cultura popular. As apresentações são gratuitas e contarão com acessibilidade em Libras e audiodescrição.
O projeto além de proporcionar a circulação de artistas da região, cultura e entretenimento à população, também incentiva a economia e o empreendedorismo por meio de feira de artesanato e comidas típicas.
A edição de 2024 da Mostra Território Inventivo iniciou no dia 04 de agosto sendo realizada em 05 estações culturais de Itapipoca em bairros, periferias e distritos do município ofertando à população uma programação variada, com atrações locais e diversidade de linguagens, cumprido a missão em democratizar o acesso à Cultura.
Sua primeira edição foi realizada em 2018 e contou com o apoio do Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará – SECULT – CE. Já a segunda edição foi realizada entre 2019 e 2022 – começou antes da pandemia e retornou no final dela – com apoio cultural da Lei Rouanet.
A Mostra Território Inventivo é uma realização da Casa de Teatro Dona Zefinha, Prefeitura Municipal de Itapipoca, por meio da Secretaria da Cultura, contemplado no Edital Itapipoca das Culturas – Lei Paulo Gustavo e do Governo Federal / Ministério da Cultura.
PROGRAMAÇÃO
18h – Capoeiragem – Flávio Praciano
18h30 – La Charanguita
19h – Circo Puntino – Itália
20h – Mary Praciano e Jadson Farra
21h – Vaninha do Acordeon e Forrozão Xote Bom
Serviço
3ª Mostra Território Inventivo
Praça do Residencial Vida Nova Vida Bela – Estação Júlio I
Itapipoca-CE
Dia 17 de novembro, a partir das 18h
Acessibilidade em Libras e audiodescrição
Classificação: Livre.
Gratuito
Mais informações: redes sociais – @dona.zefinha e www.donazefinha.com.br
O município de Itapipoca, localizado a 130 km de Fortaleza, será palco da etapa final da terceira edição do festival multicultural Mostra Território Inventivo. A programação acontecerá no dia 17 de novembro, a partir das 18h, na Praça do Residencial Vida Nova Vida Bela, no bairro Estação Júlio I. O público irá conferir espetáculos de artistas do município nas mais diversas linguagens – teatro, música, dança e cultura popular. As apresentações são gratuitas e contarão com acessibilidade em Libras e audiodescrição.
O projeto além de proporcionar a circulação de artistas da região, cultura e entretenimento à população, também incentiva a economia e o empreendedorismo por meio de feira de artesanato e comidas típicas.
A edição de 2024 da Mostra Território Inventivo iniciou no dia 04 de agosto sendo realizada em 05 estações culturais de Itapipoca em bairros, periferias e distritos do município ofertando à população uma programação variada, com atrações locais e diversidade de linguagens, cumprido a missão em democratizar o acesso à Cultura.
Sua primeira edição foi realizada em 2018 e contou com o apoio do Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará – SECULT – CE. Já a segunda edição foi realizada entre 2019 e 2022 – começou antes da pandemia e retornou no final dela – com apoio cultural da Lei Rouanet.
A Mostra Território Inventivo é uma realização da Casa de Teatro Dona Zefinha, Prefeitura Municipal de Itapipoca, por meio da Secretaria da Cultura, contemplado no Edital Itapipoca das Culturas – Lei Paulo Gustavo e do Governo Federal / Ministério da Cultura.
PROGRAMAÇÃO
18h – Capoeiragem – Flávio Praciano
18h30 – La Charanguita
19h – Circo Puntino – Itália
20h – Mary Praciano e Jadson Farra
21h – Vaninha do Acordeon e Forrozão Xote Bom
Serviço
3ª Mostra Território Inventivo
Praça do Residencial Vida Nova Vida Bela – Estação Júlio I
Itapipoca-CE
Dia 17 de novembro, a partir das 18h
Acessibilidade em Libras e audiodescrição
Classificação: Livre.
Gratuito
Mais informações: redes sociais – @dona.zefinha e www.donazefinha.com.br
Psiquiatra do CEUB aponta como o machismo leva ao adiamento de diagnósticos, perpetuando ciclo de negação e procrastinação do cuidado médico
Criado a partir da combinação das palavras moustache (bigode) e November (novembro), o movimento global Movember reforça como a saúde mental masculina pode interferir no combate ao câncer de próstata e testículo. Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), alerta sobre o impacto fisiológico e psicológico do estigma em torno da masculinidade no diagnóstico e o tratamento de doenças – que pode prolongar o sofrimento e elevar as taxas de mortalidade.
A cultura de honra, marcada pela valorização da força e da autossuficiência, é um obstáculo. Segundo Benevides, muitos homens evitam consultar médicos de todas as especialidades ou realizar exames preventivos, pois consideram que isso os torna vulneráveis ou frágeis. “Essa relutância está enraizada no machismo, que valoriza o autocontrole e a resistência física. A mentalidade dificulta que eles aceitem procedimentos de rastreamento, o que é alarmante em relação ao câncer de próstata, uma das doenças que mais matam homens no Brasil”, destaca.
O docente do CEUB destaca que essa barreira emocional se agrava por envolver o exame de toque, que “carrega um peso simbólico por ser considerado uma invasão à identidade masculina”. No entanto, a falta de diagnóstico precoce significa um custo alto para a saúde do homem. “Quando o câncer de próstata é detectado nos estágios iniciais, as chances de sucesso no tratamento são muito maiores. Mas a resistência com os exames preventivos atrasa o diagnóstico, o que pode levar a piores desfechos clínicos e comprometer a qualidade de vida dos pacientes”.
Outro fator preocupante é o medo de que o tratamento do câncer de próstata comprometa a função sexual. No entanto, o psiquiatra alerta para o impacto psicológico dessa decisão: “A percepção de que o tratamento pode afetar a virilidade é uma das principais razões para a recusa ao diagnóstico. A ideia de masculinidade está, muitas vezes, intimamente ligada à sexualidade, o que faz com que muitos homens prefiram correr o risco de complicações graves a encarar um tratamento que eles associam a uma ameaça à sua identidade masculina”.
Apoio psiquiátrico e psicológico
De acordo com Lucas Benevides, o medo sentido pelo homem também leva a altos níveis de ansiedade e estresse antes dos exames, o que contribui para o adiamento do diagnóstico, perpetua o ciclo de negação e procrastinação do cuidado médico. Campanhas que promovem a prevenção do câncer de próstata e abordam temas de saúde mental masculina ajudam a superar esse estigma, sendo os apoios psiquiátrico e psicológico indispensáveis.
O psiquiatra sugere que psicólogos adotem abordagens terapêuticas específicas para ajudar homens a lidar com o impacto psicológico do tratamento, especialmente no que tange à função sexual. Com os avanços na medicina, técnicas menos invasivas são adotadas, como a cirurgia robótica, que minimiza o impacto físico e psicológico do tratamento. Segundo Benevides, essas alternativas permitem preservar melhor a função sexual e a imagem corporal dos pacientes, reduzindo a sensação de ameaça à masculinidade.
No âmbito da saúde mental, técnicas de enfrentamento como mindfulness e a participação em grupos de apoio podem ser eficazes para ajudar os homens a lidar com o medo e a ansiedade antes e depois do diagnóstico. “Quebrar tabus em torno da masculinidade é mais do que uma questão de redefinição cultural: é um ato necessário para promover uma saúde mais inclusiva e prolongar a vida daqueles que hesitam em buscar o cuidado de que tanto precisam”, arremata o professor.
Raio-X do Câncer de próstata no Brasil
No Brasil, o câncer de próstata representa 29% dos casos da doença, de acordo com levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2023, foram 70 mil novos casos e 17 mil óbitos pela doença no país, ressaltando a importância de iniciativas que promovam a conscientização e o diagnóstico precoce.